A greve no Hospital Regional de Colíder continua. Um acordo entre direção da unidade e profissionais da saúde sinalizava a normalização dos serviços hoje, no entanto, nada mudou. “Tinha sido feito um acordo ontem com a direção, pois garantiram que teria material para trabalhar e o pagamento cairia ontem à noite em conta. No entanto não foi cumprida, o dinheiro não caiu e os materiais não chegaram”, explicou, ao Só Notícias, a presidente da comissão multidisciplinar do hospital, Adriana Arantes.
Hoje, conforme a médica, está prevista reunião entre os profissionais de saúde e a promotoria do município, com objetivo de buscar soluções e, deste modo, regularizar os atendimentos. Ainda não está programado que horas o encontro ocorrerá. Enquanto isso, os atendimentos na unidade hospitalar ocorrem parcialmente (urgência e emergência), com 30% da capacidade.
O movimento grevista começou no dia 3 de maio ( quinta-feira ). Além da regularização salarial (referente a março), os profissionais pedem por melhores condições de trabalho, apontando a falta de vários materiais ( soro fisiológico, agulhas, seringas) e também de equipe para realizar transfusões de sangue.
A “crise” na unidade foi anunciada no início do mês passado, quando os trabalhadores do hospital suspenderam os atendimentos ambulatorias, cirurgias e exames e fizeram apenas os procedimentos considerados básicos como forma de cobrar os pagamentos referentes a fevereiro e março. Na ocasião, a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Saúde afirmou que o pagamento de fevereiro já havia sido feito e de março deveria ser regularizado em breve.
No dia 13 de abril, o governo do Estado publicou o cancelamento do contrato com o Instituto Social Fibra – assinado em janeiro – alegando que a organização não teria cumprido cláusulas estabelecidas no documento. Em seguida, o Instituto Pernambucano de Assistência em Saúde (IPAS) foi contratado em caráter emergencial e temporário, para assumir a gestão da unidade
Conforme Só Notícias informou, o instituto Fibra tentou na Justiça reassumir, por meio de um mandado de segurança, a gestão no referido hospital, no entanto, o desembargador Luiz Carlos da Costa indeferiu o pedido.