O promotor Henrique Pugliesi afirmou, em entrevista ao Só Notícias, que protocolou uma ação civil com pedido de liminar solicitando a imediata construção de uma nova cadeia no município. A medida, endereçada ao governo do Estado, foi tomada após a rebelião e depredação da atual unidade prisional, que está localizada no centro da cidade.
Ele também pediu a completa reforma da cadeia existente. Um dia após este incidente, cem presos foram transferidos para os presídios de Sinop, Cuiabá, Rondonópolis e Juara. O promotor afirmou que, somente após a reforma da atual estrutura, grande parte dos detentos poderá voltar ao município. No entanto, ressaltou a necessidade de uma nova unidade.
“Tudo vai depender das condições da cadeia local. Cinco celas foram destruídas e não há nenhuma condição de funcionamento. A ideia é a de que todos os presos retornem ao município”.
Pugliesi afirmou que antes mesmo desta rebelião já havia notificado a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos sobre as más condições da unidade local e solicitou providências urgentes. “A gente vem brigando há muito tempo sobre a situação desta cadeia. A promotora criminal Ana Carolina fez várias notificações e nenhuma resposta veio por parte do governo. Recentemente protocolamos uma ação civil, através da promotoria cível, solicitando a transferência de 52 presos condenados. Também não tivemos resposta e neste período houve a rebelião”.
Ele lamentou o fato ocorrido e disse que a ação resultou em prejuízos significativos para todos.
Conforme Só Notícias já informou, a situação foi registrada na última segunda-feira. Durante a confusão, dois agentes penitenciários foram feitos reféns e quatro detentos conseguiram fugir. Willian Santos Almeida (acusado de roubo), Ronaldo dos Santos (preso por homicídio), Bruno Nunes dos Santos (preso por roubo) e Luan Felipe de Oliveira França escaparam. A ação rápida da polícia e dos próprios agentes penitenciários evitaram fuga maior.
Um dia após esta rebelião, os cem detentos foram transferidos. Na quarta-feira (31), policiais conseguiram pegar os quatro fugitivos em uma mata entre o município de Itanhangá e a localidade de Simioni (cerca de 210 km de Nova Mutum). Eles estavam com quatro pistolas (uma cada um) e uma submetralhadora, além de várias munições – todos estes objetos roubados da unidade prisional.