A presidente da Associação Protetora dos Animais de Sinop, Luciane Chiarello, confirmou aumento do número de animais abandonados e reforçou a necessidade de conscientização. “Nós estamos lotados (sede da entidade) porque todo final de ano o índice de abandono é bem maior, muitas pessoas viajam e, por incrível que pareça, abandonam o animal para poder viajar”, disse, ao Só Notícias.
Atualmente, 280 animais acolhidos recebendo atendimento e 15 funcionários que trabalham no local. Os gastos mensais da entidade, segundo Luciane, são de R$ 140 mil para custear o tratamento dos animais resgatados, manter funcionários, garantir qualidade no atendimento. Conforme a presidente, neste ano as doações diminuíram consideravelmente. “A gente já teve mais ajuda, agora não está tendo tanto”, ponderou.
A arrecadação, com doações, chega a R$ 10 mil e a APAMS também conta com repasse mensal cerca de R$ 80 mil feito pelo poder público. Para fechar o orçamento a presidente destaca que “a gente faz campanha e eventos para conseguir fechar essa folha”, acrescentou.
Em maio a sede da APAMS mudou da região do Distrito Industrial para o bairro Cidade Alta e Luciane relata que “o conforto dos animais e até mesmo dos funcionários melhorou muito porque ali as condições de trabalho são melhores”. Por outro lado, “o trabalho de resgate ficou mais difícil por conta da distância” e, desde a mudança de endereço, o abandono de animais nas proximidades da sede se tornou frequente. “Muitas pessoas estão achando que é simplesmente largar o animal lá porque tem espaço, não é assim que funciona”, constatou.
De acordo com a presidente, a entidade deseja iniciar um projeto de castração gratuita no próximo ano para atender tutores de baixa renda que não têm condições de custear o procedimento. “Nós encaminhamos esse projeto para prefeitura lá por volta de agosto, mas até agora não foi aprovado e a gente gostaria que fosse aprovado”, reforçou.
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