A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou os documentos enviados pelas empresas que venceram o leilão da usina de Sinop, ano passado, para a criação da sociedade de propósito específico Companhia Hidrelétrica de Sinop, detentora da concessão. O despacho, publicado ontem, assinado pelo vice-presidente Fernando Colli Munhoz aponta terem sido atendidas todas as obrigações dispostas no edital. Com isso foi dado mais um passo para as obras.
O edital aponta que a documentação para criação da empresa é visto como condição para fins da outorga, entre os apontamentos é necessário o ato constitutivo e os últimos atos de eleição dos atuais diretores da sociedade, bem como a documentação de qualificação jurídica, regularidade fiscal e trabalhista, e o diagrama do grupo econômico.
As empresas que formam a companhia são as Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A, Eletrobrás, Eletronorte, Companhia Hidro Elétrica do São Francisco- CHESF e Alupar Investimentos S/A. A execução das obras civis da usina da Construtora Triunfo S/A, já as ações socioambientais são da Novo Norte Energia e Consultoria Ltda.
A expectativa é que as obras da usina comecem ainda este semestre, com projeção de atingir até 3,2 mil empregos diretos e indiretos no decorrer dos trabalhos. O projeto demanda pelo menos R$ 1,777 bilhão em investimentos, com preço médio da energia a ser gerada de R$ 109,40 por megawatt-hora (Mwh). O valor representa um deságio de 7,3% em relação ao preço-teto estabelecido no leilão, pelo Ministério de Minas e Energia (MME), de R$ 118 por Mwh. A operação é prevista para 2017.
A usina de Sinop tem capacidade instalada para gerar aproximadamente 400 megawatt, que correspondem a aproximadamente 1 milhão de geladeiras funcionando ou a 4 milhões de lâmpadas de 100 watts acesas simultaneamente.
Além de Sinop, o reservatório com 337 quilômetros quadrados (33,7 mil hectares) deve abranger também Sorriso, Itaúba, Cláudia e Ipiranga do Norte.