Discutir e melhorar a imagem de Mato Grosso no cenário internacional, no que se refere à preservação ambiental. Este foi um dos assuntos abordados durante a visita de um grupo de ambientalistas internacionais, entre eles um dos fundadores da ONG Greenpeace, Patrick Moore (atualmente na Greenspirit), e componentes da ONG Rain Forest Maker, nesta quarta-feira, no gabinete do governador Blairo Maggi. As duas organizações conheceram os projetos ambientais desenvolvidos pelo Governo do Estado, durante o fórum ambiental realizado nos Estados Unidos, em que o governador apresentou o modelo de gestão ambiental.
Blairo Maggi conversou com os ambientalistas sobre as ações, não somente por parte do governo, mas também de produtores rurais que têm demonstrado a preocupação em crescer de forma sustentável. Ele citou como exemplo a assinatura do pacto ambiental entre produtores de soja e Governo do Estado, em que o ponto principal é garantir que até 2010 não tenha nenhum hectare de soja plantado em Área de Preservação Permanente (APP). Além disso, prevê também a recuperação das áreas degradadas. Para Maggi é a forma encontrada para se fazer uma exploração racional e sustentável dos recursos naturais.”Ninguém tem a capacidade de produzir que Mato Grosso tem”, completou.
Blairo Maggi também informou que o Estado tem buscado alternativas e procurado participar de eventos internacionais, em diversos locais do mundo para mostrar o resultado da gestão ambiental.
As organizações trabalham com a divulgação de boas experiências, que aliam preservação e desenvolvimento sustentável. Os ambientalistas vão permanecer em Mato Grosso por dois dias. Nesta quinta-feira, eles se reúnem pela manhã com o secretário de Estado de Meio Ambiente, Luís Henrique Daldegan. Na Sema eles conhecerão o Sistema Integrado de Monitoramento e Licenciamento Ambiental de Mato Grosso.
Depois serão recebidos pelo secretário de Projetos Estratégicos, Cloves Vettorato, e terão informação sobre o Programa MT Regional. Em seguida os ambientalistas serão levados para um sobrevôo de helicóptero em Chapada dos Guimarães, na área atingida pelo incêndio. A idéia, segundo Daldegan, é mostrar que o fogo não é provocado por agricultores, mas sim por outro processo.
Na tarde de quinta-feira o grupo vai para o Hotel Sesc Pantanal, onde poderão também ter mais informações sobre o Pantanal Mato-grossense.
Jeffrey Glassman, da ong Rain Forest Maker, tem acompanhado a história do Estado de Mato Grosso e acredita que as informações que chegam para o mundo, pela imprensa internacional não estão dando o tratamento adequado ao trabalho ambiental do Estado.”Ao invés de apenas criticar, queremos ajudar e propor soluções. É preciso mostrar lá fora tudo o que tem sido feito aqui para a preservação do Meio Ambiente”, acrescentou o ambientalista.