Os profissionais da Educação estiveram reunidos em assembleia, hoje à tarde, e decidiram, mais uma vez, rejeitar uma proposta da prefeitura para encerrar a greve que já dura 28 dias no município. A presidente da sub-sede do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep), Meire Mazureki, disse, ao Só Notícias, que “a prefeitura ofereceu 8% de reajuste para os efetivos, 13% para interinos, criação de um grupo de trabalho para redução da jornada dos técnicos de apoio e concurso público imediato. A proposta não agradou totalmente”, afirmou.
Segundo Meire, os trabalhadores não acataram 8% para os funcionários efetivos e a criação do grupo de trabalho. “A gente cobra redução da jornada imediatamente para os técnicos ou, pelo menos, a definição de um prazo. Os interinos também aceitam negociar 8%, com o restante em mais cinco parcelas, sendo o acréscimo de 1% mensal. Protocolamos a resposta e agora aguardamos um posicionamento da prefeitura”, explicou.
A categoria quer 13% para o piso ser de R$ 1.918 (valor nacional), equiparação salarial para interinos e efetivos em carreira inicial, mais redução da jornada e equiparação dos técnicos de apoio este ano.
Porém, conforme Só Notícias já informou, o prefeito alegou, no início da greve, que se concedesse os 13% reivindicados estouraria o limite prudencial permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 54%, o que traria consequências negativas para a prefeitura, podendo o prefeito ter as contas reprovadas e ficar inelegível. O gestor já havia dito que, com o percentual proposto, “nenhum professor ganhará menos que o piso salarial instituído pelo Ministério da Educação".
Alta Floresta tem cerca de 550 profissionais e são 20 unidades escolares (incluindo creches), das quais, 18 estão paradas.