O empresário e pecuarista Moisés Prado dos Santos foi condenado, ontem, a 16 anos e oito meses de reclusão em sessão do tribunal do júri na comarca de Alta Floresta, por homicídio duplamente qualificado do amigo Gladiston Augusto de Lima Pereira, em novembro de 1998. A promotora de Justiça Carina Sfredo Dalmolin, da 2ª Promotoria de Justiça Criminal, pediu a condenação, os jurados reconheceram a autoria e a materialidade delitiva, e as qualificadoras de recurso que dificultou a defesa do ofendido e de assegurar a impunidade e vantagem do crime precedente.
Com a decisão dos jurados, o magistrado Roger Augusto Bim Donega fixou o regime inicialmente fechado para cumprimento da pena, determinando a execução imediata da mesma, com a decretação da prisão do acusado. Ainda, fixou o valor mínimo para a reparação dos danos causados pela infração na ordem de R$ 200 mil, a título de indenização aos familiares de Gladiston
De acordo com a ação penal, no dia do crime, os dois saíram juntos de Alta Floresta no veículo de Gladiston, sentido cidade de Carlinda e Moisés Prado estava acomodado no lugar do passageiro, quando, munido de uma arma de fogo, desferiu cinco tiros contra Gladiston, acertando a cabeça e o tórax, Moisés fugiu para a cidade de Colíder, levando a arma do crime.
Ele foi pronunciado em 2009 e a defesa dele interpôs recurso em sentido estrito, que foi desprovido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Contudo, a pronúncia foi parcialmente anulada por um habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça. Uma nova sentença de pronúncia foi proferida no de 2016. A defesa interpôs novamente recurso em sentido estrito e o tribunal afastou a qualificadora do motivo torpe, determinando a submissão a julgamento popular.
Moises pode recorrer da decisão. O advogado Wesler Augusto de Lima Pereira, irmão de Gladiston atuou como assistente de acusação da promotoria.