Representantes da operadora de telefonia e internet Oi vão se reunir com a presidente da Câmara dos Dirigentes Lojista, Elza Maria Lopes e dirigentes de algumas entidades, no próximo dia 16, para justificar as constantes quedas no sistema e apresentar seu plano de melhorias para os serviços. A reunião, que foi solicitada pela operadora, depois que a entidade informou à imprensa que pretende entrar com uma ação indenizatória por danos em todo o comércio e prestadores de serviços, será na CDL.
“Nós vamos ouvir o que eles tem a dizer, mas vou continuar, durante esta semana, juntando a documentação necessária para a ação na Justiça”, disse a presidente. “Estou avaliando na receita federal o valor do prejuízo para o nosso comércio”. Ela ressalta ainda que a ação deverá ser ingressada em conjunto pela CDL, OAB e Procon.
Ontem houve nota interrupção nos servidores em diversas cidades mato-grossenses prejudicando até o trabalho da polícia, que ficou sem acesso a parte do sistema e em várias delegacias não foram registradas ocorrências.
Em julho, deste ano, o Procon aplicou multa de R$ 4,9 milhões a empresa Oi, por falhas na disponibilização dos serviços de internet e também telefonia, em processo administrativo que vem sendo elaborado desde de 2011. Segundo a coordenação do órgão, somente entre 2012 e 2013 foram mais de 500 horas sem os serviços terem sido prestados para muitos clientes.
Elza ressaltou que, caso a empresa pague, esse valor vai ser revertido para o Procon, prefeitura e outro órgão. Não será destinado para a CDL. “Porém mais do que qualquer indenização, o que a gente quer é que o sistema funcione para que possamos trabalhar”, explicou ela. A CDL tem cerca de 560 associados que tem sofrido inúmeros prejuízos nos últimos meses por interrupções no serviço de acesso à internet. Por vários dias o município ficou com o problema, com quedas de até seis horas.
Nesses dias sem internet, ficamos sem tirar notas fiscais, não dá para despachar mercadoria, nem utilizar serviços bancários, pagar boletos, fazer depósitos, é uma situação praticamente de calamidade”, pontuou.