A situação do Hospital Regional continua preocupante e, de acordo com o Conselho Municipal de Saúde, há previsão de paralisação das clínicas cirúrgica e ginecológica, devido ao desligamento de profissionais e falta de materiais. A dívida do Estado com os médicos, referente a 3 meses de salários, chega a R$ 2,5 milhões.
Na sexta-feira, houve reunião no promotoria de Justiça, com representantes do Instituto Pernambucano de Assistência a Saúde (IPAS), do governo do Estado, Conselho Municipal de Saúde (CMS), fornecedores e Ministério do Trabalho.
Thiago Incertti, presidente do CMS e cirurgião dentista, afirmou que a reunião só serviu para confirmar que a situação está lamentável, “com falta de medicamentos essenciais como dipirona, medicamentos para urgência, e há risco de paralisação nas próximas semanas de mais setores no hospital”.
Ele informou ao Só Notícias que tanto o Ministério Público quanto o Ministério do Trabalho entrarão com mais uma ação no sentido de que o Estado venha a prover o hospital de condições mínimas para o funcionamento.
“Os promotores e auxiliares ficaram até altas horas, ouvindo testemunhas e formulando a ação. Agora esperamos que o Judiciário se sensibilize com a situação que está pior do que se imagina, faltam desde fios de sutura a dexametasona e medicamentos para urgência” pontuou Incertti.
Para o presidente, essa situação calamitosa, foi ocasionada pela omissão do Estado ao implementar um modelo de gestão fracassado, terceirizando uma atividade vital, onde ninguém sabe quem são os verdadeiros beneficiados.
Como Só Notícias já informou, o Estado decretou intervenção no hospital e nomeou uma funcionária de carreira para fazer um levantamento e colocar as coisas em ordem. Porém, ao contrário do que a secretaria aponta, através de sua assessoria de imprensa, os médicos não pretendem retomar o atendimento integral enquanto não receberem os atrasados. Alegam também que o hospital não tem condições de continuar atendendo, devido à suspensão dos fornecedores de remédios.