O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, em visita a Maceió (AL), aproveitou uma declaração dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Salvador (BA), para retomar os ataques contra o rival petista.
Na coletiva concedida no aeroporto de Maceió, o tucano chamou Lula de antiético e reagiu à declaração do presidente, feita em encontro com prefeitos na Bahia, em que disse ser “uma safadeza” a imunidade parlamentar.
“Eu sou favorável à imunidade parlamentar, porque, no exercício do mandato, o parlamentar precisa ter os instrumentos para poder exercer o seu papel. Na realidade, é um equívoco o presidente não levar a sério a questão ética.”
Alckmin não poupou críticas ao governo federal quanto à política adotada para o Nordeste. “Durante o governo Lula, todas as obras do Nordeste ficaram paralisadas. Não houve avanços, e o Brasil não cresceu.”
Ele ainda destacou o que chamou de falta de lógica da administração federal , ao anunciar a transposição do rio São Francisco, sem ao menos ter concluído o Canal do Sertão, obra que pretende levar água do rio para três municípios do alto sertão alagoano.
O tucano ainda destacou a postura passiva do Congresso em meio aos escândalos de corrupção. Ele lembrou que, quando era deputado federal (no governo Collor), as pessoas envolvidas em escândalos foram punidas. “Hoje, há corrupção e impunidade.”
Questionado sobre a queda nas pesquisas, Alckmin disse não acreditar que haja relação com a crise de segurança pública de São Paulo e afirmou que as pesquisas, para ele, neste momento, não são referência. “Para mim, pesquisa é retrato do passado. Não é realidade. Elas só são válidas a partir do início da propaganda na TV e no rádio.”
De Maceió, o candidato tucano seguiu para São José da Tapera (250 km da capital).