Mais de 300 agentes prisionais estão, hoje, protestando em frente a Peniténciária Central. Segundo o presidente do sindicatos dos Agentes Prisionais de Mato Grosso, João Batista, o protesto é pela situação vivida pela catergoria, depois da morte do agente penitenciário Wesley da Silva Santos, 24 anos, ontem, durante mais um rebelião.
Os profissionais irão permanecer em frente ao presídio até conseguir agendar uma reunião com o governador Silval Barbosa (PMDB) para discutir a situação no sistema prisional. “Precisamos uma garantia de segurança para conseguirmos trabalhar”, destacou o presidente.
Hoje, a segurança interna da penitenciária é feita por policiais militares e os agentes paralizados afirmam que caso não sejam ouvidos pelo governo o manifesto terá continuidade.
De acordo com a assessoria de imprensa do Estado, o secretário-adjunto de Justiça e Direitos Humanos, Genilton Nogueira, já entrou em contato com a chefia de gabinete do governador para agender uma reunião, mas ainda não foi confirmada a data. O governador está no Rio de Janeiro para reunião com secretários de fazenda do país.
Situação
Em menos de 24 horas, duas rebeliões foram deflagradas na Penitenciária Central. Ontem, três presos atacaram o agente penitenciário Wesley da Silva Santos, 24, que não resistiu aos ferimentos e morreu. Informações preliminares eram de que o agente, que cumpria seu terceiro plantão na unidade, foi atingido por um “chuço”, faca artesanal usada pelos presos. Porém, após exames realizados no Instituto Médico Legal (IML), foi constatado que Santos foi atingido por um tiro que causou a morte.
Dentre os detentos, Weinner Brito dos Santos, 22 anos, foi alvejado por cinco disparos de arma de fogo e morreu, ontem à noite, depois de ser atendido no Pronto-Socorro. Um preso identificado como Bruno, do raio 3, foi medicado e liberado em seguida e o reeducando Nildo José de Almeida teve que passar por exames de tomografia.