Os 150 bombeiros da Força Nacional, mobilizados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) para combater os incêndios florestais na Amazônia Legal, já chegaram aos locais e estão em operação. Em Mato Grosso, eles já atuavam em Poconé e foram destacados mais agentes para as cidades de Aripuanã, Colniza e Nova Maringá.
O envio foi determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, na última semana. Os bombeiros atuam agora nos municípios de Mato Grosso, Pará, Roraima, Amazonas e Rondônia, que concentram 85% dos focos de fogo registrados na Amazônia de janeiro a setembro de 2024, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Somando os profissionais enviados em resposta à decisão do STF àqueles que já estavam em campo, são 268 bombeiros da Força Nacional envolvidos no combate aos incêndios florestais. Além disso, 32 agentes de Polícia Judiciária foram destacados para auxiliar a Polícia Federal (PF) e as Polícias Civis estaduais na investigação das causas dos incêndios. O Ministério informou ainda que, nos próximos dias, mais 48 bombeiros, que estão em treinamento, também serão enviados, totalizando 348 agentes da Força Nacional nas operações.
O MJSP destacou que já destinou quase R$ 40 milhões para apoiar as forças de segurança dos estados e do Distrito Federal em operações de proteção dos biomas. Essas ações incluem o combate a incêndios e a situações climáticas extremas. Esse valor representa aumento de mais de 400% em comparação a 2022, quando foram investidos cerca de R$ 9,4 milhões ao longo de todo o ano.
A PF, por outro lado, ressaltou que está focada em combater crimes ambientais, com atenção especial aos incêndios florestais que têm devastado a Amazônia, o Pantanal e outras regiões do Brasil. Há 5.589 inquéritos policiais em andamento relacionados ao tema. Desses, 52 investigações, iniciadas em 2023 e 2024, são especificamente sobre incêndios na Amazônia, no Pantanal e no Cerrado.
No momento, 20 policiais federais estão dedicados exclusivamente à investigação dos incêndios no Pantanal, que abrange Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Além disso, foram estabelecidos polos de investigação nas unidades da Federação que abrangem os biomas da Amazônia e do Cerrado.
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