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Agente Mirim retira de situação de risco quase 200 adolescentes em MT

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Quase 200 crianças e adolescentes de Campo Novo dos Parecis contam com um apoio social que os auxilia na formação de bons valores, noções de respeito e disciplina e ainda traz um pouco de alívio aos pais, que veem seus filhos envolvidos em atividades sadias. O projeto Agente Mirim, desenvolvido por agentes penitenciários que trabalham na cadeia pública da cidade começou sua segunda edição, ontem.

Neste ano entraram 140 novas crianças e mais 50 que vem da primeira turma iniciada do ano passado. Uma das novidades são dez crianças da Apae local que participam das atividades.

O agente penitenciário Fábio Aguiar coordena o projeto e explica que a base é o respeito e a disciplina levados aos alunos por meio de atividades esportivas e educativas. Os agentes da cadeia do município participam do projeto conforme a área de formação de cada um, colaborando com o processo de aprendizado.

O secretário adjunto de Administração Penitenciária, Emanoel Flores, foi conhecer a iniciativa e destaca o empenho dos agentes penitenciários no projeto social. "Uma iniciativa brilhante em que os agentes se uniram para colaborar com a instrução de dezenas de crianças que têm uma oportunidade de não ficar nas ruas expostas a situações de risco".

Quem também se encantou com o projeto foi Ailton Ferreira, diretor da Penitenciária Major Eldo de Sá Corrêa, em Rondonópolis. Ele pretende desenvolver a iniciativa na cidade e foi a Campo Novo dos Parecis para conhecer. “É fantástico esse trabalho e merece ser levado a outras cidades".

Aguiar destaca que o projeto auxilia na formação de valores para os adolescentes e dessa forma mostra caminhos diferentes ao da criminalidade. No ano passado, a previsão era receber inicialmente 30 crianças e adolescentes e acabou atendendo quatro vezes mais. “Os pais nos procuram para que a criança faça parte do projeto e muitos deles estão agradecidos pela forma como o filho mudou de comportamento, tem mais responsabilidade”.

Para este ano, a faixa etária dos participantes é de 12 a 17 anos e o número de adesões mostra que o trabalho tem alcançado resultados. Fábio destaca que o auxílio dos pais e apoio do empresariado local, Conselho Tutelar e Conselho Municipal da Criança são fundamentais para a continuidade do projeto. “Realizamos um torneio de futebol para angariar recursos quando da implantação do projeto, e tivemos apoio irrestrito de colegas de outras unidades, com a construção de duas salas, onde o projeto é executado”.

Quem deseja auxiliar o projeto pode apadrinhar as crianças colaborando com custos do projeto ou com a manutenção por exemplo, dos uniformes da garotada.

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