Três acusados pelo assassinado da menina Ana Carolina da Silva, de 2 anos, foram condenados a mais de 40 anos de prisão. O julgamento que iniciou ontem se estendeu até a madrugada de hoje, quando foram anunciadas as penas. Cleverson Patrick Ferreira do Carmo, 22, e Ézio Rosa da Silva, 19, pegaram 42 anos e 9 meses de prisão em regime fechado. Adriano Pereira de Oliveira, 20, o "Black", foi condenado a 45 anos e 2 meses.
A condenação dos 3 foi por homicídio biqualificado contra a menina, 4 tentativas de homicídio biqualificado contra as pessoas que estavam no local e extorsão, pelo abastecimento dos veículos mediante ameaça dos funcionário do posto de combustível. O promotor João Augusto Gadelha considerou a pena aplicada justa. "Precisamos de penas cada vez mais severas para que possam inibir a criminalidade".
O quarto integrante da quadrilha, Adilson Matheus Pereira Oliveira, o "Nenê", que estava na motocicleta juntamente com "Black", não foi julgado porque na época em o processo começou estava foragido. Atualmente ele está preso, mas ainda não há previsão do julgamento. Deyvid Pacheco Queiroz, acusado de participar do crime, está foragido.
Os familiares e pessoas da comunidade compareceram ao julgamento vestidos com uma camisetas com a foto de Ana Carolina, mas a juíza, no intuito de impedir que eles influenciassem o júri, não permitiu que eles participassem do julgamento. Segundo o promotor João Augusto Gadelha, apesar da pena ter sido severa, ela não traz a vida da menina de volta e está perda é irreparável.
Entenda o Caso
No dia 28 de fevereiro de 2009, a Gangue do Copagás, do bairro Dom Aquino e composta por Cleverson Patrick, Ézio Rosa, Adriano "Black", Adilson "Nenê" e Deyvid, passaram por uma rua do bairro atirando contra as pessoas que estavam no local. Eles pretendiam acabar com uma festa promovida pelo traficante rival do bairro, Manoel "Baié".
De acordo com o promotor João Augusto Gadelha, os cinco passaram primeiramente em um posto de combustível e com uma arma obrigaram o frentista a abastecer as 3 motocicletas. Depois, Deyvid foi primeiramente onde seria a festa para identificar as pessoas e o local correto e em seguida, "Black" e "Nenê" em uma moto e Cleverson Patrick e Ézio em outra moto passaram atirando, atingindo a menina Ana Carolina Silva.
Eles teriam errado o alvo, confundindo um espetinho onde as vítimas estavam com o local da festa do traficante "Baié", que acontecia a cerca de 15 metros do local.