O réu João Ferreira da Silva, acusado de um dos crimes mais brutais e que chocaram a sociedade de Sinop, no ano passado, devera ser julgado na próxima temporada. O juiz criminal João Manoel Guerra já expediu a sentença de pronúncia e João vai ssentar no banco dos réus sendo julgado por representantes da sociedade. Ele será julgado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver de Bruno Aparecido do Santos, 9 anos.
Bruno foi atraído até a casa em construção onde morava João, no bairro Nossa Senhora Aparecida. Segundo confessou, na época, ele agrediu a criança, que foi violentada. Em seguida, praticou o homicídio. Ele enterrou o corpo do menino próximo à casa. Os pais registraram o desaparecimento da criança e foram feitas inúmeras buscas, em matagais e outros locais da cidade.
Dez dias depois, Silva foi preso acusado de atentado a outra criança. Foi quando os policiais visitaram a construção e acharam indícios que poderiam ligar ao outro crime, como bolinhas de gude, que pertenciam ao Bruno. Ele acabou confessando o crime e teria contado onde o corpo estava enterrado.
“Da materialidade a existência dos fatos criminosos relatados na denúncia está comprovada. A materialidade do homicídio comprova-se pelo laudo de exame de necropsia, pelo mapa topográfico para localização de lesões, e ainda pelo laudo de exame em local de morte violenta , sendo que este último documento comprova também o delito de ocultação de cadáver. Não obstante, ao final de suas declarações em juízo, o réu afirmou que “não se recorda se foi ou não o autor dos fatos, uma vez que estava sob efeito de bebida, mas pelos papéis, lhe parece que sim”. As demais provas constantes do bojo processual convergem para a pessoa do réu, autorizando, assim, um juízo de admissibilidade de que o mesmo seja realmente o autor dos crimes lhe atribuídos na denúncia”, diz a sentença de pronúncia.
A data do julgamento ainda não foi definida. O réu encontra-se preso em Sinop, na penitenciária Ferrugem.