Irá a júri popular um dos acusados de matar o pintor Renildo Alves da Silva, 32 anos, no centro de Matupá (205 quilômetros de Sinop), em novembro de 2018. A vítima foi assassinada com vários golpes de faca e ainda foi espancada. O crime teria sido cometido pelo réu em companhia de alguns adolescentes.
Segundo a denúncia, o acusado e a vítima haviam tido um desentendimento. Por este motivo, Renildo teria lançado uma pedra contra a residência do réu. “O denunciado procurou os demais comparsas e eles concordaram em ‘dar um susto’ na referida vítima. Assim, o denunciado pediu ‘permissão’ para o suposto responsável pela organização criminosa denominada ‘Comando Vermelho’ instalada nesta cidade, o que restou autorizado”, consta em trecho da denúncia.
No dia do crime, o réu e os adolescentes teriam avistado a vítima nas proximidades da praça da Bíblia. “Neste momento, o denunciado e os adolescentes iniciaram uma perseguição contra a vítima e, ao alcançá-la, passaram a agredir com socos, chutes e também com um pedaço de madeira. Ato contínuo, o denunciado, não satisfeito com as agressões perpetradas, sacou uma faca que trazia consigo e desferiu contra a vítima golpes diversos, fugindo do local em seguida. Antes, porém, os adolescentes retornaram ao local, agredindo mais uma vez a vítima e fotografando-a”.
O juiz Evandro Juarez Rodrigues, que decidiu pelo júri popular, pronunciou o réu por homicídio qualificado, cometido de maneira cruel. O suspeito também vai a julgamento por corrupção de menores. Ele ainda pode recorrer da sentença.
Na mesma decisão, o magistrado analisou o pedido da defesa para revogar a prisão preventiva do acusado, que está preso há quase dois anos. Para o juiz, “a manutenção da segregação cautelar do réu é medida imperiosa, porque ainda presentes os pressupostos e fundamentos que ensejaram a decretação da prisão preventiva, inicialmente considerando a violência praticada pelo acusado”.
Conforme Só Notícias já informou, uma equipe médica chegou a ser acionada e constatou a morte de Renildo no local. Segundo informações de uma funerária, Renildo Alves não era casado e trabalhava como pintor no município.