O jovem de 23 anos, acusado de assassinar a acadêmica de Direito, Isabella Cristina Cazado, 22 anos, em maio do ano passado, em São José do Rio Claro (111 quilômetros de Nova Mutum), vai à júri popular. A juíza Ana Helena Porcel pronunciou o réu, que vai responder por homicídio, cometido por motivo fútil e meio que dificultou a defesa da vítima. O suspeito também poderá ter a pena aumentada, uma vez que foi pronunciado por assassinato contra mulher “em razão de gênero” (feminicídio).
O irmão do acusado, que tem 18 anos, no entanto, citado inicialmente por suposto envolvimento no crime, não vai à júri popular e teve a prisão preventiva revogada. Para a magistrada, não ficou clara qual foi a participação dele na morte de Isabella. “O conjunto probatório formado até o momento, não apresenta indícios suficientes dessa autoria ou participação para que o acusado seja submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri, sem prejuízo de que, caso surjam novas provas que apontem em sentido diverso, o réu seja novamente processado enquanto não prescrever o crime”.
A data de julgamento ainda não foi definida.
Conforme Só Notícias já informou, o ex-namorado de Isabella se apresentou à Polícia Civil em outubro do ano passado. A assessoria informou que ele permaneceu quase o tempo todo calado e não respondeu as perguntas feitas pelo delegado. Uma foto da jovem foi mostrada a ele, que ficou muito emocionado e também chorou. Segundo o delegado, Nilson Farias, o acusado demonstrou estar arrependido do crime. Em uma das poucas declarações de que fez, afirmou "que a amava".
A jovem foi atingida por tiros na cabeça e tórax e chegou a ser encaminhada ao Pronto Atendimento por um adolescente de 16 anos, que é irmão do acusado de praticar o crime. No entanto, ela não resistiu aos ferimentos e faleceu pouco tempo depois de dar entrada na unidade médica.
O suspeito e Isabella eram namorados e testemunhas disseram que ambos brigavam constantemente. Na noite do crime, os dois teriam discutido novamente, no interior de um VW Golf preto, após saírem de uma pizzaria. A suspeita é a de que Isabella queria romper o relacionamento com o acusado, que não aceitava.
Isabella morava em São José do Rio Claro e cursava o 9º ano de Direito na Unemat, em Diamantino.