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Acusado de matar mãe e filhos a pauladas em Juína reclama de período sem visita da família

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A defesa de um dos acusados de sequestrar e matar, a pauladas, Luzinete Sacchi Barbosa, 50 anos, a filha Gláucia Sacchi Barbosa, 18 anos, que também foi estuprada, e o filho Matheus Sacchi Barbosa, 14 anos, ingressou com uma reclamação por conta do prazo máximo de 30 dias, estabelecido no Centro de Detenção Provisória de Juína, durante o qual um detento não pode receber visita de familiares e amigos. O período é determinado como fase de “triagem” e, segundo o diretor da unidade prisional, tem por objetivo “garantir a segurança do preso, servidores e visitantes”.

No entanto, após o pedido da defesa, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção de Juína, se manifestou e salientou que o período de 30 dias é prática ilegal “e fere não só o direito de visita como a própria defesa do preso, já que sem contato com a família a própria contratação dos seus honorários fica comprometida”. O Ministério Público, no entanto, em parecer, destacou que a conduta obedece o regimento interno dos estabelecimentos prisionais de Mato Grosso, “cuja razão de ser estaria calcada na segurança da unidade”.

Para o juiz da Terceira Vara Criminal de Juína, que analisou o pedido, não há irregularidade no período de triagem. “Não há proibição do contato com o advogado e muito menos com o familiar. O que ocorre é um período máximo de 30 dias estabelecido pela lei estadual para iniciar as visitas de familiares. Não há o alijamento do preso com o mundo exterior. Afinal, cedo ou tarde ele precisará retornar ao convívio, de modo que lhe serão assegurados os benéficos laços com a família e amigos”.

O crime aconteceu no dia 23 de dezembro, em Juína, no entanto, o último suspeito foi preso em Araputanga (670 quilômetros de Sinop. Um dos acusados está preso desde o crime e o comparsa foi localizado, no dia 1º de janeiro, em uma barreira da Polícia Militar entre o município de Juína e Cotriguaçu. Todos cumprem prisão preventiva e devem responder por extorsão mediante sequestro com resultado morte, estupro e associação criminosa.

Os criminosos invadiram a propriedade e renderam pai, mãe e os dois filhos. A mulher e os filhos foram retirados da propriedade pelos bandidos e o marido, único sobrevivente, que permaneceu na fazenda com um dos suspeitos para forçar pagamento pelo resgate da mulher e dos filhos.

Segundo a polícia, os bandidos tinham conhecimento que o irmão da mulher havia vendido uma fazenda em Juara, no valor de R$ 700 mil, e exigiam cerca de R$ 900 mil para libertação da família. O homem contou que depois de várias negociações foi levado para o mato e, já pela manhã, no dia 23, pediu para tomar água em um riacho próximo, quando conseguiu pegar a espingarda do sequestrador e rendê-lo.

A vítima levou um dos suspeitos até uma fazenda vizinha e pediu ajuda para amarrá-lo enquanto a polícia era acionada. Ele acreditava que a mulher e os filhos estavam vivos. O suspeito levou a polícia até o local onde a família era mantida refém e lá mãe, filho e a filha foram encontrados mortos a pauladas. A jovem ainda foi violentada sexualmente.

A ação penal que investiga os crimes corre em segredo de justiça na Comarca de Juína. 

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