O julgamento do principal suspeito de assassinar Ronaldo de Sousa Mesquita, 32 anos, será nesta terça-feira, na 1ª Vara Criminal. A vítima foi assassinada com um tiro na cabeça, em março de 2018, às margens do rio Curupy, que fica nas proximidades da BR-163, ainda no perímetro urbano do município.
Uma testemunha contou que estava tomando banho no rio, quando o acusado chegou, comentou que a cidade estava “tomada pelo CV (Comando Vermelho, grupo criminoso do Rio de Janeiro)” e perguntou a qual facção Ronaldo pertencia. Segundo este depoimento, a vítima respondeu, “em tom de brincadeira”, que pertencia ao PCC (Primeiro Comando da Capital, grupo criminoso de São Paulo).
A testemunha relatou que chamou Mesquita para irem embora, quando viu o acusado retornando e questionando, novamente, sobre a qual “comando” a vítima pertencia. Ronaldo teria dito, mais uma vez, que fazia parte do PCC, quando, então, o homem teria sacado a arma e efetuado o disparo.
Em depoimento à Justiça, o suspeito negou o crime. Ele afirmou que foi “acusado injustamente” e declarou que morava em Sinop, na época, mas não era integrante de nenhuma organização criminosa. Disse ainda que não conhecia a vítima. O réu vai a júri por homicídio qualificado, cometido por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
Ronaldo foi sepultado em Sinop. Já o suspeito segue Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.