A Justiça de Sorriso decidiu levar a júri popular o suspeito de assassinar Edvaldo Santana dos Santos, 49 anos. A vítima foi morta a tiros, em julho de 2016, na rua Tomás de Aquino, no bairro São Francisco. O réu foi preso em novembro de 2016, mas já no mês seguinte foi colocado em liberdade, situação em que permanece até o momento. Ele ainda pode recorrer da decisão.
Uma pessoa estava com Edvaldo no bar e contou que dois rapazes estavam na rua em frente a uma residência, mas uma mulher teria pedido para eles saírem de lá. Segundo essa versão, os dois voltaram para o bar, onde passaram a reclamar da atitude da mulher, momento em que Edvaldo teria feito comentários ofensivos a respeito dela.
Ainda conforme o depoimento dessa testemunha, a mulher teria ouvido os comentários e teve início uma discussão com Edvaldo. Em seguida, o marido dela teria ido até o bar com uma espingarda e um facão, atirando na vítima, que faleceu no local.
Em interrogatório, o acusado confessou o crime, contando versão semelhante. Segundo ele, houve uma discussão com os dois rapazes e Edvaldo passou a fazer comentários ofensivos. O homem confirmou que “ficou muito nervoso”, pegou a espingarda e foi para o bar, onde teria ouvido que a vítima estaria armada. Por esse motivo, segundo ele, disparou uma única vez em Edvaldo.
“Desta feita, da análise das provas contidas nos autos, conclui-se que os indícios de autoria necessários para submissão do réu ao julgamento pelo Tribunal do Júri se encontram suficientemente demonstrados. Assim, na forma do art. 413 do Código de Processo Penal, o magistrado, ao se convencer da existência do crime e de indícios de que o acusado tenha sido o autor, deverá pronunciá-lo”, disse a juíza Emanuelle Chiaradia Navarro Mano.
Conforme a decisão da magistrada, o réu será julgado por homicídio qualificado, cometido mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.