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Acusado de matar homem e furtar pertences não é intimado e júri fica para ano que vem em Sinop

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: Só Notícias/arquivo)

A Justiça de Sinop decidiu adiar novamente o julgamento popular do principal suspeito de assassinar Edvaldo Alves dos Santos, 45 anos, em abril de 2014. A vítima foi morta a facadas, na própria residência, em uma chácara, nas proximidades da BR-163, na região do rio Preto.

O julgamento do réu estava marcado para o dia 19 de julho. Porém, como o suspeito não foi intimado, a Justiça entendeu que isso poderia causar a nulidade do júri, ainda que a defesa tenha concordado em manter o julgamento. Dessa forma, o júri foi transferido para o dia 2 de maio de 2023.

O julgamento chegou a ser marcado para julho de 2020. No entanto, como as comarcas do Estado foram fechadas por causa da pandemia de coronavírus, o júri popular acabou sendo adiado para junho de 2021. Na nova data, não foi realizado, sendo remarcado para novembro de 2021 e, posteriormente, para o dia 19 de julho de 2022.

No início da ação penal, o Ministério Público Estadual (MPE) denunciou o réu por latrocínio (roubo seguido de morte). Posteriormente, a Justiça de Sinop desclassificou a denúncia para homicídio qualificado, cometido de maneira cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. O réu ainda será julgado por furto, por supostamente ter levado R$ 250 e o celular de Edvaldo.

Em depoimento à Polícia Civil, o acusado alegou que estava bebendo com a vítima. Em seguida foram até a residência de Edvaldo, que estaria supostamente embriagado e queria ir até um clube. O suspeito disse que, por esse motivo, decidiu ir embora, o que teria enfurecido a vítima. De acordo com essa versão, os dois teriam entrado em luta corporal e Edvaldo acabou esfaqueado.

Porém, em novo depoimento, desta vez à justiça, o acusado mudou a versão, afirmando que foi coagido pelos investigadores a confessar o crime. Contou que estava bebendo no mesmo bar que Edvaldo, no entanto, não estavam juntos. Disse ainda que, posteriormente, quando estava em frente de casa, encontrou a vítima, mas apenas fumou um cigarro e entrou na residência.

O acusado chegou a ser preso, porém, teve a prisão preventiva revogada, em 2015.

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