Será no dia 21 do próximo mês o júri popular do principal suspeito de assassinar Newton Antônio Lopes, 57 anos. O caminhoneiro foi morto a facadas, no dia 3 de outubro de 2014, no pátio de uma empresa localizada na rua colonizador Ênio Pepino, no bairro São Cristóvão.
Assim como Newton, o acusado também trabalhava como caminhoneiro. Segundo o depoimento do réu, sua esposa mantinha uma relação extraconjugal com a vítima. Ao descobrir o caso, o homem teria entrado em contato com Newton, que teria dito que não mais procuraria a mulher.
O acusado afirmou que, no dia do crime, estava passando por Sinop, quando viu o caminhão da vítima estacionado. Ao se aproximar, percebeu que Newton estava falando com alguém no celular. Por acreditar que esta pessoa pudesse ser sua mulher, o homem teria confrontado a vítima. Em seguida, os dois acabaram discutindo.
O réu alega que agiu em legítima defesa. Segundo seu depoimento, Newton o acertou com um facão. O homem afirma que conseguiu correr e pegar uma faca que estava em uma caixa de comida no caminhão. Em seguida, atingiu a vítima, entrou no veículo e foi embora. Ele garantiu ainda que não tinha intenção de causar a morte do colega de profissão.
Em alegações finais, a defesa pediu a absolvição do réu, o que foi negado pela Justiça. Ele foi pronunciado por homicídio qualificado, cometido por motivo torpe e de maneira cruel. Os desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, porém, afastaram a qualificadora do meio cruel.
O suspeito chegou a ser preso em fevereiro de 2016. Um mês depois, no entanto, teve a prisão revogada e, desde então, aguarda o desfecho do processo em liberdade.
Newton foi encontrado morto no pátio da empresa por outros caminhoneiros, com perfurações causadas por arma branca. Um facão foi localizado nas proximidades. A vítima era de São José do Rio Claro onde o corpo foi sepultado.