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Acusado de executar jovem em Sorriso deve continuar na cadeia, decide juiz

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Só Notícias/Herbert de Souza

O juiz Anderson Candiotto decidiu manter na cadeia um dos dois acusados de matar o jovem Anilton Oliveira Silva, 19 anos, executado em julho do ano passado. O suspeito foi localizado apenas em julho deste ano pela Polícia Militar na avenida Blumenau, na região central, enquanto agredia a esposa dentro de um veículo, que estava estacionado. Ele estava com um revólver calibre 38 e cinco munições.

Após o cumprimento do mandado, a defesa ingressou com pedido de revogação da prisão preventiva. Com parecer do Ministério Público do Estado (MPE) para manter o suspeito na cadeia, o juiz negou o pleito da defesa.

“Com efeito, verifica-se que a defesa do segregado não apresentou fatos novos, sendo certo que continuam presentes as razoes da decretação segregação cautelar. Destarte, não havendo fato novo capaz de alterar o cenário fático-processual informador da decisão de decretação da constrição cautelar, de modo a demonstrar que a soltura dos indiciados não representa, neste momento, perigo a ordem pública, tenho que as medidas cautelares diversas da prisão não são proporcionais e adequadas ao caso”, destacou o magistrado.

Segundo o delegado Getúlio José Daniel, o inquérito da morte de Anilton já havia sido concluído e a Polícia Civil apurou que o crime foi cometido pelos dois homens. Um deles havia sido preso ainda em novembro do ano passado. Já o segundo acusado, localizado na avenida Blumenau, em julho deste ano, estava com o mandado de prisão em aberto e era considerado foragido.

“O inquérito já havia sido encerrado. Já tínhamos provas suficientes para vincular ambos os suspeitos ao crime. Tínhamos testemunhas oculares, que haviam prestado depoimento à polícia. Ambos terão oportunidade de, em juízo, prestar seus esclarecimentos. Futuramente, o tribunal do júri irá julgá-los. Eles têm todo o direito de defesa, mas as provas os vinculam a esse crime”, ressaltou Getúlio.

O delegado detalhou ainda que as investigações concluíram que o crime foi cometido após um desentendimento entre os suspeitos e o sobrinho de Anilton. “Foi constatado que os suspeitos estavam transitando em um veículo em alta velocidade e que quase atropelaram o sobrinho da vítima, a qual tentou tirar satisfação. No momento da discussão, os suspeitos disseram que eram de uma facção criminosa e, logo após a discussão, saíram do local, retornaram armados e realizaram diversos disparos de arma de fogo em direção à vítima”.

Conforme Só Notícias já informou, Anilton foi morto no bairro União. Ele estava em uma rua, quando foi atingido por quatro tiros. Os familiares fizeram os primeiros socorros e o encaminharam à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas ele não resistiu aos ferimentos.

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