O principal suspeito de degolar Claudinei Ferreira da Silva e jogar o corpo em uma vala de escoamento de água, no bairro Maria Vindilina, vai a júri popular. A decisão é da juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, que pronunciou o réu por homicídio qualificado, cometido por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima, e ocultação de cadáver.
O crime ocorreu no dia 20 de maio, em frente a um bar localizado na avenida das Águias. O proprietário do estabelecimento narrou que viu a vítima e o suspeito chegarem juntos ao local. O dono contou ainda que, após ingerir certa quantidade de bebida alcoólica, Claudinei acabou dormindo no chão. O homem afirmou que só soube do crime na manhã seguinte, ao ver um rastro de sangue, do local onde a vítima dormiu até o “valetão”.
Ao ser preso, o homem acabou confessando o homicídio, revelando que “passou a faca” duas vezes no pescoço de Claudinei, enquanto este dormia. Em juízo, no entanto, acabou negando envolvimento no crime. Ele garantiu que, ao sair do bar, deixou a vítima dormindo e foi para uma festa na companhia de outro amigo.
Dois dias após o homicídio, o acusado foi preso temporariamente. Ele acabou solto, e conforme consta no processo, em seguida, fugiu da cidade. Rosângela, no ano seguinte, decretou a prisão preventiva, alegando que o estado de preocupação e insegurança gerado pela liberdade do réu colidia “com sua garantia constitucional de se ver livre” e autorizava a decretação de sua custódia provisória”.
No final de 2017, ao analisar novo pedido de liberdade, Rosângela destacou que não houve alteração “fática-jurídica” após a decisão que decretou a prisão preventiva, “pelo que tenho que os requisitos ensejadores da prisão preventiva do acusado permanecem presentes”.
O corpo da vítima foi localizado por moradores. Já o suspeito foi preso na casa da mãe, na rua dos Anzóis, no Recanto dos Pássaros, e continua no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”. Ainda não há data definida para o julgamento.