A Justiça decidiu mandar a júri popular o principal suspeito de tentar matar um homem, em janeiro deste ano. O crime ocorreu em um bar, na rua das Violetas, no Jardim das Oliveiras, e a vítima foi atingida por dois golpes de madeira na cabeça, foi socorrida e sobreviveu, no entanto, ficou com sequelas auditivas e visuais.
O homem contou que o réu era seu funcionário e que haviam trabalhado juntos por cerca de 70 dias. Detalhou ainda que, após o fim dos serviços, decidiram confraternizar em um bar, ocasião em que o acusado pediu uma quantia em dinheiro. A vítima relatou que, como já havia efetuado todo o pagamento pelos serviços prestados, negou o pedido.
Instantes depois, o homem se despediu do suspeito e quando estava distraído, mexendo no celular, foi atingido na cabeça e desmaiou. Em depoimento à Justiça, ele contou também que tinha uma boa relação com o réu, tendo, inclusive, emprestado dinheiro durante o tempo em que trabalharam juntos.
Uma testemunha confirmou que o suspeito pegou um pedaço de galho de árvore, com aproximadamente um metro e meio, e golpeou a vítima duas vezes na cabeça. Detalhou também que, depois do segundo golpe, uma pessoa que passava pelo local impediu o acusado de continuar com as agressões.
Durante o interrogatório, o acusado acabou confessando o crime, mas garantiu que não tinha intenção de matar a vítima. Ele afirmou que havia ingerido bebida alcóolica e acabou se alterando depois que o patrão se recusou a pagar um adicional de R$ 500, o qual havia sido prometido anteriormente.
Em alegações finais no processo, a defesa pediu a absolvição do acusado, sob o argumento de que ele agiu em legítima defesa, a desclassificação do crime de tentativa de homicídio para lesão corporal, ou ainda o afastamento das qualificadoras. Nenhum pedido foi aceito pela Justiça de Sinop, que decidiu submeter o acusado a júri popular por tentativa de homicídio qualificado pelo motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
O acusado foi preso logo após o crime e segue na cadeia. Ele ainda pode recorrer da decisão. Ainda não há data definida para o julgamento.