O jovem, de 18 anos, acusado de pegar escondido a caminhonete do pai, uma GM S-10 prata, e atropelar uma menina de 7 anos, no dia 16 de agosto do ano passado, no Jardim Ipiranga, na região do São Cristóvão, vai responder por homicídio culposo. Se condenado, pode pegar pena que varia de dois a quatro anos de reclusão e poderá ser aumentada ainda em um terço, se ficar comprovado que ele não tinha Carteira Nacional de Habilitação.
A juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim dos Santos, acatou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual e concedeu prazo de dez dias, a partir da notificação, para que o acusado apresente defesa. O prazo também foi concedido para o réu apresentar documentos, justificações, especificar as provas pretendidas e indicar até oito testemunhas, além de nomear um advogado ou defensor público.
Conforme Só Notícias já informou, a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) confirmou, em laudo, que o motorista estava acima dos 30 quilômetros por hora, velocidade máxima permitida para a via. Segundo um perito, a vítima foi atingida pela lateral direita da caminhonete, enquanto atravessava a rua. Apesar da equipe médica ter tentado salvá-la, a menina teve parada cardiorrespiratória ainda dentro da viatura. Ela faleceu 15 minutos depois de dar entrada no hospital.
O acusado prestou depoimento no dia seguinte ao atropelamento e disse que seus pais não sabiam que ele havia saído com o veículo. Em depoimento, o rapaz contou que a garota saiu rapidamente por trás de uma van e não houve tempo para frear. O jovem explicou ainda que ficou no local até a chegada do Corpo de Bombeiros, mas como não tinha Carteira Nacional de Habilitação, foi embora pouco depois da garotinha ser resgatada.
A menina foi sepultada em Alto Paraíso (Rondônia), onde residia. Ela e a mãe estavam passeando em Sinop, com familiares, e participariam de um casamento, quando aconteceu a tragédia.