Dois mil e sete ainda nem terminou e o número de acidentes nas estradas federais já é maior que no ano passado. Até o dia 11 de dezembro, foram registrados mais de 114 mil acidentes. Em 2006, foram menos de 113 mil. Neste ano, 6.342 pessoas já morreram em acidentes nas estradas federais, o que equivale a uma média de 18 por dia.
A Polícia Rodoviária Federal discute como mudar essas estatísticas em um seminário, em Brasília, e preparou um mapa dos pontos mais críticos.
Os trechos mais perigosos estão na maior estrada do país, a BR-116. O trecho entre São Paulo e Rio de Janeiro, que está no topo da lista de acidentes, é o mais movimentado do país. A Régis Bittencourt, entre Paraná e São Paulo, vem logo a seguir. A rodovia, que tem grande fluxo de veículos, é considerada um gargalo para o Mercosul.
Principalmente agora, no período de férias, o cuidado deve ser redobrado na BR-101, em Santa Catarina, BR-324, na Bahia, e BR-232, em Pernambuco.
De acordo com o levantamento, mais de 70% dos acidentes nas estradas federais acontecem nas pistas em bom estado de conservação, nos trechos de reta e em dias de tempo bom. “É uma lenda dizer que estrada ruim causa acidentes. Estrada ruim aumenta o tempo de viagem e causa desconforto, mas o que causa acidente é a atitude do motorista que não observa as regras de segurança”, afirma Alvarez Simões, da Polícia Rodoviária Federal.