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Acidente aéreo: americano diz a juiz de Sinop que aparelho anticolisão não estava desligado

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O piloto norte-americano Joseph Lepore negou ontem, em depoimento para o juiz federal em Sinop, Murilo Mendes, que o equipamento anticolisão do jato Legacy estivesse desligado no momento do choque com o Boeing da Gol, em 2006, na região de Peixoto de Azevedo. O acidente provocou a morte das 154 pessoas que estavam a bordo da aeronave brasileira.

Lepore e Jan Paladino, que também pilotava o jato, são acusados de ter levantado voo com o sistema anticolisão desligado e de não terem acionado o transponder, equipamento que informa a posição da aeronave para o controle de trafego aéreo e outros aviões.

Durante interrogatório, Lepore explicou que a expressão "it"s off", utilizada em conversa gravada pela caixa-preta do Legacy logo após o acidente, indicava que o equipamento anticolisão não havia sinalizado nenhum tipo de choque – e não que ele estaria desligado.

O piloto ressaltou, entretanto, que, alguns dias após o acidente, foram constatados problemas com o equipamento. Ele também negou que o jato estivesse voando em uma aerovia de mão única e na contramão.

Conforme Só Notícias já informou, Lepore está em Nova York e foi ouvido pelo juiz Murilo Mendes por meio de videoconferência. Na 4ª feira, também durante interrogatório, Jan Paladino reconheceu que nunca havia pilotado um avião Legacy até o dia do acidente, mas negou que tenha ligado o equipamento anticolisão apenas após o choque.

Murilo disse que, este mês (abril), vai proferir sua sentença sobre o caso.

 

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