A equipe da secretaria de Saúde e Saneamento uniu forças, neste sábado, com o Rotary Club, Lions, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, vereadores, Associações de Reciclagem, Guarda de Trânsito Municipal e a equipe da Secretaria de Obras e Serviços Públicos, no combate à um inimigo minúsculo, barulhento e que pode ter uma picada mortal: o Aedes aegypti, vetor de doenças como a dengue, Zika e Chicungunya. Durante toda a manhã, eles estiveram reunidos em um mutirão que passou pelas ruas do bairro São Francisco, realizando tanto orientações e a retirada de lixo de espaços públicos, como ruas, e de residências.
A ação no combate ao Aedes busca diminuir o registro de casos de dengue no Município. Hoje o índice larvário de Sorriso está em 3,91% no geral; no bairro São Francisco o índice chega a 4,41%. O aceitável pelo Ministério da Saúde é de até 1%.
E de janeiro a 30 de abril, Sorriso confirmou 301 casos de dengue; 23 deles com sinais de alarme e um classificado como dengue grave. Em janeiro foram 120 notificações; fevereiro contabilizou 101 registros e em março e abril foram 40 casos confirmados em cada mês.
Por isso, o secretário de Saúde e Saneamento, Luís Fábio Marchioro, alerta a população sobre a necessidade de manter quintais, residências e empresas limpos. “Precisamos estar atentos o ano todo e não somente nos meses chuvosos; precisamos que a população também compactue com isso e nos auxilie tanto na época de chuvas quanto de estiagem”, destaca. O secretário lembra que Sorriso conta com um calendário de coleta de entulhos permanente. “No máximo a cada dois meses cada bairro é assistido com a coleta de entulhos; então pedimos à população que se organize e descarte materiais inservíveis nesses períodos”, frisa.
Entre os principais pontos com larvas estão as plantas. “Registramos muitas larvas em vasos de flores”, alerta o coordenador de Vigilância Ambiental, Júnior Barros. Por isso, a equipe solicita que os moradores mantenham os pratos de vasos de flores com areia. “E verifiquem qualquer recipiente, grande ou pequeno, que possa acumular líquido”, lembra o coordenador.
Em condições ambientais favoráveis, após a eclosão do ovo, o desenvolvimento do mosquito até a forma adulta pode levar um período de 10 dias. Por isso, a eliminação de criadouros deve ser realizada pelo menos uma vez por semana: assim, o ciclo de vida do mosquito será interrompido.
Hoje os bairros com maior índice larvário são o São José com 7,30%, Jardim Bela Vista com 6,69%; Pinheiros I com 6%; Pinheiros II com 8,51% e Santa Maria com 12,89%. “Nesses pontos estamos encontrando o maior índice larvário, porém destacamos que toda a população, independente do bairro, precisa estar atenta e manter quintal, calhas e terrenos baldios limpos, evitando criadouros não só de Aedes, mas de vários outros espécimes peçonhentos”, detalha Marchioro. A ação de hoje contemplou o São Francisco para dar vazão ao calendário de limpeza em andamento na cidade.
Hoje, 35 agentes de combate à endemias atuam no Departamento de Vigilância, 31 deles diretamente à campo. “Mas lembramos a todos que cada um é responsável pelo seu lar; então é essencial que uma vez por semana verifiquem recipientes, calhas, plantas, cisternas, etc., e que toda a população nos auxilie não descartando lixo a céu aberto, pois muito desse lixo acaba entupindo bueiros e servindo como o criadouro ideal para todo tipo de mosquitos e de animais peçonhentos”, aponta o gestor da pasta da Saúde, Luís Fábio Marchioro.
Marchioro pontua que o Departamento de Vigilância Ambiental tem recebido várias solicitações dos moradores para a aplicação de inseticida devido à grande quantidade de mosquitos na área urbana do município. Porém, há critérios para a aplicação do inseticida. Geralmente, o produto é enviado pelo Ministério da Saúde e só pode ser aplicado quando há ou notificação de caso suspeito ou a confirmação de caso. Sem a notificação não há como aplicar o veneno, pois não haverá a reposição da quantia usada por parte do MS.
A coordenadora de Vigilância em Saúde, Tayná Vaccaro, aproveita para esclarecer que “o veneno mata apenas o mosquito que estiver voando; ele não elimina mosquitos pousados ou as larvas. Então, a melhor recomendação é a eliminação, mantendo tudo limpo”.
Tayná completa ainda que quando há confirmação de ou suspeitas de casos de dengue, o inseticida é imediatamente aplicado em todo o quarteirão do local de suspeita ou confirmação.
Ontem, quem passou pelo “pente fino” da limpeza foi a sede da Secretaria Municipal de Transportes. Em uma ação conjunta da equipe da pasta e de reeducandos do Centro de Ressocialização de Sorriso (CRS) que integram o projeto “Mão Amiga”, o espaço foi totalmente organizado e descartado materiais inservíveis.
De acordo com o diretor penal de Sorriso, Enilson Castro, responsável pelo CRS, no total 63 pessoas integram a iniciativa, que inclui ainda a oportunidade de trabalhar na Fábrica Municipal de Artefatos de Cimento. Todo o trabalho desenvolvido pelos reeducandos resulta em remição de pena.
As informações são da assessoria da prefeitura.
