A Reitoria do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) confirmou hoje que acabou a greve dos servidores da instituição, conforme anunciado pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, Seção Mato Grosso. Conforme deliberado em assembleia nesta sexta-feira, as atividades na Reitoria serão retomadas na próxima segunda-feira (1).
O IFMT informou ainda que cada campus definirá o retorno das atividades em suas respectivas unidades. Houve paralisações em 18 campi do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT). Na última semana, as unidades de Sinop, Alta Floresta, Confresa, Barra do Garças, Rondonópolis e Diamantino já haviam decidido retomar as atividades.
Ontem, conforme Só Notícias já informou, os trabalhadores técnico-administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) aprovaram o termo de acordo proposto pelo governo e decidiram encerrar a greve, que já durava mais de três meses. No entendimento da grande maioria dos servidores, o acordo contemplou avanços, pois atendeu em torno de 80% das reivindicações da categoria. A greve continua até a assinatura do acordo junto ao Governo Federal.
Uma nova assembleia já está marcada para segunda-feira (1) para avaliação final de greve. O retorno as atividades na UFMT deve acontecer na terça-feira (2), de forma unificada às outras Universidades. De acordo com a coordenadora administrativa do Sintuf, Marillin Castro, após 105 dias de greve e todas as dificuldades enfrentadas no diálogo com o governo, a luta resultou em conquistas.
“Obtivemos a reestruturação da carreira, o reposicionamento dos aposentados, o avanço significativo no Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC), hora ficta (hora noturna), manutenção das capacitações, reajuste dos benefícios, entre outras proposições. Temos ainda que avançar, mas consideramos que o movimento saiu vitorioso”, avaliou.
Já os professores farão uma nova assembleia para decidir se irão continuar ou não com a greve que já dura mais de um mês. A Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat) informou que a reunião será na próxima segunda-feira (1). Na última sexta-feira, os professores voltaram a rejeitar a proposta do governo federal e decidiram continuar com a mobilização. Segundo o sindicato que representa a categoria, a pauta salarial não teve nenhuma alteração, de forma que a proposta continua sendo zero reajuste em 2024, 9% em 2025 e 3,5% em 2026.
Por outro lado, o Sinasefe, que representa os docentes e técnicos da rede federal de ensino, decidiu, em assembleia geral nacional, aceitar o acordo proposto pelo governo Lula. A entidade avaliou que, dentre as principais conquistas, está a recomposição orçamentária das Instituições Federais de Ensino (IFEs).
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