Começa daqui a pouco, no plenário da câmara, o júri popular de Fábio Tavares Rubim de Toledo, acusado de ser co-autor da tentativa de homicídio contra o juiz criminal de Cuiabá, Cesar Bassan, 63 anos, no dia 31 de janeiro, em Sinop. O advogado Celso Lins disse que manterá a posição de que não existem provas que incriminem Fábio.
Segundo Lins, o Ministério Público acusa Fábio de ter induzido Sérgio Muller, absolvido em júri popular na última quinta-feira, de ter atirado contra o juiz, que ficou paraplégico. “Não há provas para sua condenação, que ele tenha praticado direta ou indiretamente do crime. Fábio vai manter que foi o Sérgio quem atirou”, destacou.
Fábio está preso desde janeiro, na penitenciária Ferrugem, em Sinop. Sérgio, que também estava preso, foi inocentado. A maioria dos jurados acatou a tese da defesa de negativa da autoria e insuficiência de provas. Mas, o advogado ressaltou que a decisão do Tribunal do Júri não vai interferir no julgamento de Fábio.
Cinco testemunhas foram convocadas pela defesa. O júri será presidido pela juíza Paula Casagrande. O promotor público Marcos Bulhões terá como auxiliar de acusação o advogado Cláudio Alves Pereira.
Relembre o caso
O juiz Cesar Bassan foi baleado após sair de uma lanchonete, no centro da cidade, por volta de uma hora. Ele teria tido um atrito com Sérgio e Fábio, quando os dois passavam na faixa de pedestres de uma rotatória. Bassan estava em sua caminhonete e teria sido perseguido por Sérgio e Fábio, que estavam em outra caminhonete.
Quando transitavam na rotatória, a S-10 de Sérgio colidiu na traseira do veículo do magistrado. Após o acidente houveram os disparos, sendo que um atingiu a coluna do juiz. Sérgio, Fábio e Cleiton Lopes, que também foi inocentado, foram presos no mesmo dia.