Um grupo de famílias “sem terra” ocupou a área do Frango Cristalino, na zona rural de Alta Floresta, próximo ao distrito industrial, e aguardam posicionamento das autoridades sobre a possibilidade de um projeto de reforma agrária. Eles fazem parte do movimento “Renascer para a Terra”, criado há mais de 30 dias e que em meados do mês de maio iniciou um movimento às margens da rodovia MT-208. Segundo Giovani Oliveira da Cruz, um dos líderes, já são 140 famílias inscritas e que esperam uma resposta de autoridades e do Incra.
As condições das famílias que ocupam a área não é das melhores. Falta água potável, energia, não há condições de higiene básica e o acesso a saúde também é precário. As famílias montaram acampamento dentro de um barracão que servia, no passado, como galinheiro da empresa que faliu no final da década de 90. O local, apesar das dificuldades enfrentadas, é considerado estratégico, já que a poucos metros dali, no bairro Cidade Alta, existem creches e escolas, além da possibilidade dos pais de família trabalharem para buscar um mínimo de condições para suas famílias.
O contato que conseguiram em maio, com o deputado Ademir Brunetto, renovou as esperanças das famílias do movimento, uma vez que, segundo Giovani, a promessa era que rapidamente sairia uma decisão sobre uma área para assentamento. O líder revela que nas últimas reuniões chegou a ser interpelado sobre a solução prometida, mas após uma coleta de recursos dentre os próprios integrantes do movimento, ficou definida a sua ida para a capital no sentido de marcar uma reunião com o Incra.
“O Incra está em greve e agora eu tenho que esperar essa greve acabar, porque eu não sei quanto tempo pode durar pra gente estar levando esse processo adiante”, revela.