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14 envolvidos na Chacina de Matupá devem ir à júri

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Quatorze homens envolvidos no crime que ficou conhecido como “A chacina de Matupá” deverá ocorrer em Cuiabá. após quase 16 anos do crime. A promotora de Matupá, responsável pelo caso, Hellen Kuriki, informou ao jornal A Gazeta que nesta fase do processo não cabe mais nenhum recurso. Agora basta que o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ/MT) decida onde o julgamento será realizado e a data será marcada. Após a pronúncia (decisão de levar os denunciados à júri popular) o crime só vai prescrever em 20 anos.

O procurador geral de Justiça, Leonir Colombo, deu parecer favorável ao desaforamento (transferência) para que o júri popular aconteça em Cuiabá, no último dia 28. O pedido foi feito em julho deste ano pelo promotor de Peixoto de Azevedo, Adriano Roberto Alves, que atuava no caso antes da criação da comarca de Matupá. O argumento usado é de que os membros do júri poderiam ter amizade ou parentesco com os denunciados o que tornaria nulo o processo. Seis policiais militares também respondem ao processo por homicídio qualificado, mas neste caso a data do julgamento ainda está longe de ser definida, informa a promotora Hellen Kuriki.

A morte de assaltantes ainda hoje gera polêmica pois foi cometido por um grupo tido como respeitáveis da cidade, como um vereador, padeiros, comerciantes. O julgamento somente será possível por causa de uma gravação de 56 minutos, feita pelo cinegrafista amador, Lino José Durrewald, em que mostra os acertos para o triplo assassinato, com a conivência de autoridades locais. O grotesto vídeo rodou o mundo após ser encaminhado às mãos do presidente do Centro de Direitos Humanos Henrique Trindade (CDHHT), padre José Tencate (já falecido). Posteriormente, a fita VHS foi para o Movimento Nacional de Defesa aos Direitos Humanos e Ministério da Justiça.

Os três homens foram queimados vivos em Matupá em 1990 e o crime ganhou projeção internacional. Eles tomaram a família do garimpeiro Carlos Mazzoneto como refém em um assalto. A promessa feita pelos militares era de que os bandidos seriam trasladados de avião para Colíder, cidade vizinha, onde seriam indiciados por cárcere privado, o que lhes renderia uma pena de 30 anos.

José Bachmann e os irmãos Arci e Ivanir Garcia dos Santos estavam apavorados com a idéia de que uma multidão enraivecida os aguardava do lado de fora da casa. Depois de se entregarem, os bandidos foram colocados em um Opala e levados para um terreno baldio. Lá, foram espancados e baleados. Depois foram levados para onde a população enraivecida estava. Em seguida, jogaram combustível nos três e atearam fogo.

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