A seleção brasileira feminina de vôlei está nas semifinais dos Jogos Pan-Americanos 2007. Nesse domingo, o time dirigido pelo técnico José Roberto Guimarães superou a República Dominicana – atual campeã da competição – por 3 sets a 0 (28/26, 25/16 e 25/15), em 1h17 de jogo, no ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro.
Esta foi a segunda vitória consecutiva da equipe. Com o resultado, o Brasil está invicto e lidera o grupo A. Hoje, a seleção voltará à quadra para enfrentar o México, às 15h, no mesmo local. Mais uma vitória garantirá as brasileiras na primeira colocação da chave.
A brasileira Paula Pequeno e a dominicana De La Cruz foram as maiores pontuadoras da partida, com 15 acertos cada. As duas marcaram o mesmo número de pontos, mas Paula foi mais eficiente. A meio-de-rede Walewska teve 11 acertos, seguida de Fabiana, a outra central, e da ponteira Sassá, ambas com nove pontos.
No início do jogo, a República Dominicana forçou o saque e dificultou a recepção brasileira. Após a partida, o técnico José Roberto avaliou: “As dominicanas nos causaram bastante dificuldades principalmente com a estratégia de forçar o saque do início ao fim da partida. No primeiro set, elas marcaram muitos pontos de saque, mas nos superamos. O diferencial foi o número de erros. As adversárias nos deram 24 pontos em falhas, enquanto nosso time só errou seis vezes”, ressalta Zé Roberto.
Para o treinador, o Brasil ditou o ritmo do jogo a partir do momento que se acertou na recepção. “Nosso passe precisou se ajustar. No momento que a Fofão percebeu qual era a estratégia de jogo delas, nós começamos a jogar melhor. Acertamos nossa recepção e a Fofão distribuiu o jogo muito bem”, observa.
Zé Roberto gostou do jogo como parâmetro para os próximos desafios. “Foi um bom teste para o nosso futuro na competição. Nas semifinais e finais, teremos fortes equipes pela frente. Cuba saca tão bem ou melhor do que a República Dominicana. Não teremos moleza e esta partida serve de parâmetro”, diz o técnico.
Fofão, capitã e levantadora da equipe, teve a mesma opinião do treinador. “Foi um jogo difícil. A República Dominicana entrou para massacrar o Brasil no saque. Arriscou tudo o que pôde. No primeiro set, tivemos dificuldades de colocar a nossa recepção para funcionar, mas conseguimos equilibrar a partida”, destacou a jogadora.
Para Fofão, a vitória na primeira parcial foi essencial. “Se não tivéssemos vencido aquele set, poderíamos ter deixado a República Dominicana crescer e gostar da partida”, completou Fofão.
Assim como Fofão e Zé Roberto, Paula alertou para a força do saque das adversárias. “Elas vieram com um saque poderoso e isso nos surpreendeu. Serviu de alerta para nós, pois Cuba tem a mesma característica. A partir do segundo set, no entanto, imprimimos o nosso ritmo, tivemos mais regularidade e conseguimos manter esse padrão”, observou Paula, que marcou 12 pontos de ataque e três de bloqueio.