A Federação Mato-grossense de Futebol não tem culpa na demora da liberação do dinheiro do Governo do Estado aos times que participaram do Campeonato Estadual deste ano. Foi o que afirmou o vice-presidente da FMF, João Carlos de Oliveira, em entrevista ao programa de esportes da Rádio Cultura de Cuiabá nesta segunda-feira.
Segundo ele, a Federação "fez o que tinha que fazer" e agora as cobranças devem ser dirigidas à Secretaria de Esportes do Estado. "Não cabe à Federação ficar cobrando o repasse. O dinheiro é dos clubes, não da Federação. Nós já fizemos o que precisava ser feito. Se a culpa pelo atraso é da Seel ou não, não sei dizer", afirmou o dirigente.
O dinheiro, em torno de R$ 1,5 milhão, depende, segundo a Seel, da regularização da prestação de contas da Federação Mato-grossense de Futebol referente a temporada de 2009. Conforme craquesdoradio informou semana passada, a última documentação entregue pela FMF – correção da prestação de contas do Campeonato Estadual de Seleções Amadoras – está sendo analisada e o repasse pode sair nos próximos dias.
Sucessão
Sobre a saída do presidente Carlos Orione da FMF, João Carlos deu indícios de que isso não está longe de acontecer. O vice admitiu que há cerca de seis meses vem acompanhando mais de perto toda as ações administrativas da entidade, "a pedido do presidente". Orione tem mandato até 2012 e se deixar o cargo agora quem assume é João Carlos, seu primeiro vice.
Dutrinha
João Carlos de Oliveira Santos também confirmou que a Federação recusou "grande parte" do material do Verdão, cedido pela Secretaria de Esportes. "Para que vamos pegar tudo isso? Pra usar tem que ser feita nova reforma no estádio. Temos que contratar uma construtora, não temos verba para isso. E depois, como vamos reformar o Dutra se estamos perto do Campeonato Brasileiro, da Copa do Brasil…", questionou.
Sem citar nomes, mas dando à entender que o destino era a Agecopa, o vice – tão eterno no cargo como o presidente – criticou "aqueles que acham que sabem fazer as coisas, fazer o futebol, mas não sabem. Então, que saiam e deixem outros trabalhar".