O Botafogo alcançou sua sétima partida consecutiva sem derrotas no Campeonato Brasileiro, a primeira delas que não venceu. Neste domingo, no Maracanã, a equipe de Ney Franco ganhava do Vasco até 44 minutos do segundo tempo, quando o adversário empatou o clássico por 1 a 1.
Apesar de deixar a vitória escapar, o Botafogo segue na zona de classificação à Copa Libertadores, na quarta colocação com 38 pontos (apenas um de vantagem para o São Paulo). Já o Vasco soma 26 e começa a se aproximar do meio da tabela.
Na próxima rodada, sábado, o Botafogo receberá o ameaçado Náutico no Engenhão. O Vasco visitará o líder Grêmio no dia seguinte, no estádio Olímpico.
O jogo – A estratégia do técnico Tita parecia que vingaria após os primeiros minutos. O Botafogo pressionava o Vasco, porém sofria com os contra-ataques do Vasco. Por mais de uma vez, Edmundo conseguiu deixar Alan Kardec em condições de abrir o placar; em uma delas, o árbitro Djalma Beltrami anulou gol do atacante.
Bastou o Botafogo ajustar a marcação, no entanto, para começar a dominar o jogo. Com a velocidade de Carlos Alberto aliada à criatividade de Lucio Flávio, os comandados de Ney Franco só não abriram o placar porque erravam muito no ataque. Pior para o Vasco quando Edu deixou o campo machucado, para a entrada de Serginho.
A ofensividade do Botafogo não evitou que as duas equipes descessem para os vestiários do Maracanã sob vaias no final do primeiro tempo. A insatisfação, entretanto, não convenceu nenhum dos treinadores a fazerem alterações no intervalo da partida.
O segundo tempo recomeçou como o primeiro, com o Botafogo no ataque. Agora, porém, não demorou muito para o gol. Aos 8 minutos, Carlos Alberto chutou forte, e o goleiro Roberto deu rebote. Wellington Paulista aproveitou e conferiu. O atacante ficou por mais pouco tempo em campo, já que se contundiu e foi substituído por Fábio.
Àquela altura, o Vasco já contava com Madson e Marquinho nos lugares de Wagner Diniz e Mateus. Os torcedores, que exigiram a entrada de Jean, não perdoaram Tita. Enquanto era chamado de “burro”, o técnico não recusava entrevistas à beira do campo. Pedia paciência à sua equipe.
Quem exagerou na despreocupação foi o Botafogo. Com o jogo nas mãos e mais bem postado em campo do que o adversário, a equipe de Ney Franco passou a oferecer espaços. Aos 44 minutos, Rodrigo Antônio (Madson reivindicou o gol) desviou após cobrança de falta e empatou. Festa para os torcedores do Vasco, que comemoraram a igualdade como vitória.