União e Sinop farão a segunda partida das semifinais da Copa FMF Sub-21 no próximo domingo, sabendo que o classificado paras finais poderá ter de esperar um pouco mais para conhecer seu adversário. Isso porque o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) não descarta suspender o início da Fase Final da competição seletiva para a Copa do Brasil/2016, até que a denúncia do Dom Bosco contra o já classificado Cuiabá seja julgada. “Já recebi o processo e o remeti novamente à Procuradoria.
Dependendo do que ela me disser, marcaremos o julgamento para a próxima terça-feira (24) e só depois de julgado o mérito, a federação poderá marcar as finais”, disse João Vicente Scaravelli, presidente do TJD, na tarde de quinta, assegurando que não será necessário um mandado de garantia para suspender as finais. “Esse adiamento pode ser uma decisão da própria presidência do Tribunal”, esclareceu. Também na tarde de quinta o secretário do TJD, advogado José de Almeida, descartou a necessidade de o denunciante ser obrigado a recolher alguma taxa no TJD para a denúncia ser aceita.
Nos bastidores, boatos davam conta de que já havia ocorrido um indeferimento do processo, pela ausência de tal pagamento; o que foi prontamente descartado. “Como a denúncia foi feita diretamente à Procuradoria essa taxa não se faz necessária”, sentenciou Almeida. Segundo ele o processo está sob análise do procurador do TJD Alfredo Gayva, que, após buscar provas de ambas as partes, deverá remeter seu parecer à presidência do TJD – o que poderia ter ocorrido ainda no dia de ontem. De possa de um parecer favorável da procuradoria, a presidência encaminhará o processo diretamente para a pauta da próxima terça; porém, caso a denúncia seja considerada inepta, o processo pode ser arquivado.
O caso – Na última segunda-feira, após ser eliminado pelo Cuiabá, nos pênaltis, após dois empates nas semifinais, a diretoria do Dom Bosco ingressou com a denúncia na procuradoria do TJD, acusando o Dourado de ter utilizado o meia Michel, de forma irregular. Citando os artigos 214 do CBJD e 25 do Regulamento da Competição, o advogado Jeandre Bucair, alega que o Cuiabá ‘driblou’ a FMF ao inscrever o atleta profissional como amador, mas com idade acima da permitida pelo regulamento, que é de 20 anos para amador.
Segundo Bucair, Michel teria 21 anos e vinha de um contrato profissional com o Naval de Portugal. A diretoria do Cuiabá ignorou o assunto, não atendeu à reportagem e sequer divulgou nota em seu favor sobre o caso. O diretor Marcos Haineco, conhecido como ‘Tifú’, apenas disse que “a transferência internacional de Michel estava ok”.