Abuso de poder. É desta forma que o técnico do Operário, Éder Taques, tratou de denominar a postura de alguns árbitros escalados para trabalhar nos jogos do Campeonato Mato-grossense deste ano. Expulso por Rafael Odílio na vitória de virada de 2 a 1 sobre o Crac de Campo Verde, ele se defende. "Não falei nada para o árbitro para me expulsar".
O treinador detalha: "Eles (árbitros) estão se utilizando de abuso de poder para expulsar, tanto jogadores como nós treinadores. Não há critério e coerência na atitude desse pessoal despreparado", desabafou Taques.
Para o treinador tricolor, no caso de Rafael Odílio, o mesmo não estaria apto a trabalhar nos jogos do Mato-grossense.
"Esse rapaz (Rafael Odílio) nem chegou a apitar jogos de base e está trabalhando no profissional. A Comissão de Arbitragem não pode ficar testando árbitros novatos em pleno Mato-grossense. Não há tempo e espaço para fazer este tipo de experiência", enfatizou.
Ao revelar que teme pegar uma suspensão longa por causa da expulsão e do relatório de Rafael Odílio, Éder Taques vai mais longe em sua reclamação. Afirma sofrer perseguição de alguns árbitros mato-grossenses.
"Mau começa o jogo e o quarto árbitro já vem falando alto contigo, te ameaçando. Sou ciente do espaço que posso ocupar à beira do campo. Mas falta respeito e profissionalismo.Só quero exercer o meu direito de comandar a minha equipe do lado de fora", frisou, para em seguida complementar. "Sei que às vezes nós treinadores exageramos, mas não é sempre que erramos como a arbitragem quer vender a nossa imagem ao torcedor", finalizou.
No ano passado, Éder Taques chegou a ser suspenso por quase um ano, mas, como o próprio Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) da FMF, acatou um pedido de "revisão de pena", voltou ao trabalhar normalmente na Copa Governador.