A notícia sobre o possível retorno de Paulo Henrique Ganso ao Santos tem repercutido muito entre os torcedores alvinegros. A contratação do meia que brilhou com a camisa 10 do Peixe entre 2009 e 2012 passa por um aspecto passional muito grande. Isso porque a sua saída para o São Paulo foi cercada de polêmicas, declarações fortes e um desgaste que acabou prejudicando sua imagem perante ao torcedor. Muitos, até hoje, entendem o ato como ‘traição’ e não perdoam a escolha do jogador em defender um rival da Capital.
Por meio de uma postagem no twitter, a Torcida Jovem, principal organizada do clube, externou sua posição e deixou claro que a atual diretoria terá muita dificuldade para fazer Paulo Henrique Ganso ser bem-vindo novamente na Vila Belmiro.
“No @SantosFC não queremos mais nenhuma ave. Já basta o quero-quero que mora na Vila Belmiro. #Entendeunéganso?”, postou a torcida, em sua conta na rede social, com uma foto de um quero-quero, famoso pássaro sempre visto em campos de futebol, ilustrando seu recado.
É verdade que também há manifestações a favor ou até mesmo indiferentes ao retorno de Ganso. O meia conseguiu conservar alguns fãs santistas. Porém, em todas as oportunidades que enfrentou o Peixe na Vila Belmiro, Ganso não possou imune a protestos em nenhuma delas. Vaiado sempre que tocou na bola, o atleta é constantemente chamado de “mercenário” e inclusive já teve de se proteger do arremesso de moedas vindas das arquibancadas do estádio Urbano Caldeira.
Para a cúpula liderada por Modesto Roma Júnior, o problema de Ganso não foi com o Santos, e sim com Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, ex-presidente. Modesto é um profundo admirador do futebol do meia são-paulino, assim como Marcelo Teixeira, também ex-presidente e forte aliado da atual gestão. Por isso, os departamentos de marketing e comunicação do Santos já trabalham com a hipótese do jogador retornar ao clube e garantem que podem ajudar nessa ‘reconciliação’. O staff de Ganso também minimiza o fato e garante que essa ala contrário ao seu retorno não impediria nenhum negócio.
