A derrota para o Tigre, da Argentina, na noite desta quarta-feira, deixou alguns torcedores do Palmeiras muito irritados. Minutos antes do embarque da delegação para o Brasil, membros da torcida organizada Mancha Alviverde deixaram o saguão do Aeroparque, em Buenos Aires, tomado pelo medo.
De acordo com as informações da imprensa internacional, aproximadamente 30 torcedores da maior uniformizada do Verdão discutiram com alguns jogadores – o meia Valdívia foi o principal alvo – e iniciaram agressões. O goleiro Fernando Prass sofreu um corte na cabeça e teve que ser atendido.
Um torcedor foi até o meia Wesley, um dos maiores criticados neste início de temporada, e o xingou. Já o chileno Valdívia, que estava comendo em um restaurante dentro do aeroporto, foi encontrado por membros da Mancha e teve que se refugiar em um banheiro, protegido por um dos seguranças do clube.
Copos foram lançados contra as paredes do local, fazendo com que estilhaços de vidro fossem lançados. Um desses cortou a cabeça do arqueiro palmeirense, que sangrou e teve que ser cuidado pelo departamento médico. Após a confusão, o grupo, orientado pelos policiais argentinos, foi para uma zona exclusiva até que os ânimos se acalmassem.
Esta não foi a primeira vez que atletas do Palmeiras sofreram retaliações de torcedores. No último dia 28 de janeiro, o lateral-direito Fabinho Capixaba, em um salão de cabelereiro próximo ao Palestra Itália, foi alvo de xingamentos por parte de "Zeca Urubu", torcedor conhecido da Mancha. O atleta não gostou, tirou satisfações e os dois acabaram brigando. O técnico Vanderlei Luxemburgo, o volante João Vítor e o atacante Vágner Love foram outros que também sofreram do mesmo problema no Palmeiras recentemente.