O técnico Tite, que chegou na tarde desta terça-feira a São Paulo para assumir o Corinthians, comentou sobre o que o seduziu para aceitar o desafio de recolocar o Timão nos trilhos da vitória. Para o treinador, que poderia disputar o Mundial de Clubes pelo Al-Wahda, dos Emirados Árabes, o convite do Timão é "especial" e a grandeza do time pesou na sua escolha.
"Corinthians é algo muito especial. Independente do projeto de lá, que era um Campeonato Mundial de clubes. Apesar de o Mundial ser importantíssimo profissionalmente, pesou bastante para mim o fato de ser o Corinthians", valorizou o treinador que, em sua primeira passagem pelo clube (em 2005), saiu do Parque São Jorge de uma maneira conturbada.
"Os momentos que eu cheguei e sai do Corinthians foram extremamente difíceis, mas tivemos o reconhecimento do trabalho feito naquele ano de 2004, quando nós não conquistamos, por uma posicão, uma vaga na Libertadores, onde pegamos o time perto do rebaixamento. Foi um marco muito importante e ficou gravado na minha carreira", lembrou o gaúcho que saiu do Alvinegro após entrar em atrito com Kia Joorabchian, então presidente da MSI, parceira financeira do Corinthians.
Ainda na chegada, o novo comandante do Coringão, que recebe o clube em meio à maior crise desde o rebaixamento para a Série B, em 2007, (são sete jogos sem vencer) rejeitou o rótulo de salvador da pátria.
"Não chego como um salvador, chego como uma pessoa que tem a boa intenção, que tem experiência e um passado que vocês conhecem para contribuir e para o Corinthians alcançar seus objetivos", completou.
O técnico será apresentado oficialmente na quarta-feira, às 15h (de Brasília), no CT Joaquim Grava. Com contrato até dezembro de 2011, Tite terá, logo em sua estreia, um clássico contra o arquirrival Palmeiras, no próximo domingo.