O presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone, confirmou neste sábado que não vai tentar um novo mandato. Com eleições marcadas para o próximo dia 21, ele apoiará um dos dois prováveis candidatos, Décio Perin e Paulo Nobre.
"Não serei candidato, minha motivação é zero neste momento. Estávamos em uma guerra para escapar do rebaixamento e perdemos a guerra. Tive que recuar", afirmou o dirigente, em entrevista à Rádio Bandeirantes.
Tirone disse que estava "praticamente reeleito" após a conquista da Copa do Brasil, em julho. No entanto, a péssima campanha no Campeonato Brasileiro, com queda à Série B, mudou completamente o cenário no clube alviverde.
"Eu assumo o que aconteceu, uma boa parte. Não vou tentar a reeleição para que outras pessoas possam assumir", acrescentou o cartola, cujo poder está bastante minado nesta reta final de mandato.
Por problemas com orçamento e prestação de contas, a diretoria tem de consultar o Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) antes de fechar qualquer contratação. Só acertos previamente feitos – com o goleiro Fernando Prass e o lateral direito Ayrton – definiram reforços para 2013.
Com a equipe recém-rebaixada, não ajuda nada o sempre conturbado ambiente político do clube, especialmente com eleições marcadas para um momento em que a temporada já terá começado. O diretor jurídico Piraci de Oliveira chegou a dizer que "o pior está por vir".
Fora da disputa, Tirone promete apoiar "de maneira discreta" um dos candidatos. Ele pode se juntar aos ex-presidentes Luiz Gonzaga Belluzzo e Afonso Della Monica na turma de Perin ou pender para o lado de Mustafá Contursi, seu antigo aliado, carregando seus votos para Paulo Nobre.
"Não apoiar ninguém seria falta de personalidade. Vou conversar com eles para decidir, ambos são bons à sua maneira. Ainda tenho pessoas no clube que me seguem, posso dar minha contribuição", explicou o ainda presidente.