Já faz tempo que Cleber está quase acertado com o Corinthians e não se apresenta. A verdade é que o clube do Parque São Jorge se irritou com as exigências feitas pelo fundo que investiria no atleta da Ponte Preta e procurou outro parceiro — a DIS — para fechar a contratação "até segunda ou terça-feira".
O Timão diz ter freado o acordo por ter descoberto, de repente, já na reta final de uma negociação arrastada há mais de um mês, que o tal fundo é representado por Renato Duprat. O empresário intermediou a parceria com a MSI, que deu um título brasileiro ao Alvinegro em 2005 e, cheia de irregularidades, foi decisiva no rebaixamento de 2007.
"A Ponte estava negociando com um fundo, e não sabíamos quem era esse fundo. A coisa foi evoluindo e tivemos uma surpresa um pouco desagradável, soubemos que o fundo é representado pelo Renato Duprat. Todos sabem da passagem dele não tão boa aqui. Não gosto de coisa nebulosa, sem transparência", afirmou o diretor de futebol do Corinthians, Roberto de Andrade.
"Quando a gente percebeu que a coisa não estava andando, que estavam sendo feitas exigências descabidas, que fogem muito da praxe nos contratos com investidores, fomos atrás. Surgiu a notícia de que o fundo era representado por ele. Cessei qualquer negociação. Renato Duprat não existe aqui no Corinthians. Nem hoje nem no futuro. Não aceitamos", acrescentou.
Sem o tal fundo — "conseguimos recuperar o negócio antes da papelada", disse Roberto —, a diretoria do Timão foi atrás da DIS. As conversas correram de acordo com o esperado, e será pago um valor total próximo a R$ 8 milhões para a Ponte Preta, enfim, liberar o beque de 22 anos.
O Corinthians vai adquirir, com seus próprios recursos, 20% dos direitos econômicos do jogador. O investidor comprará 60%, ficando os 20% restantes com o próprio atleta. A ideia do clube do Parque São Jorge é, em breve comprar esses 20% que hoje são de propriedade de Cleber.