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Técnico Gallo propõe unificar seleções sub-20 e principal do Brasil em busca do ouro

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O ex-volante Alexandre Gallo, atual coordenador das categorias de base da CBF, elaborou um projeto na tentativa de conquistar a inédita medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro-2016. A ideia é promover atletas da Seleção sub-20 para a equipe principal de maneira sistemática durante os próximos dois anos.

A Seleção Brasileira sub-21 conquistou as duas últimas edições do tradicional Torneio de Toulon, um dos mais prestigiados no segmento. Defenderam a equipe nomes como Marquinhos (PSG), Ademílson (São Paulo) e Lucas Piazon (Chelsea), nascidos em 1994, além de Rodrigo Caio (São Paulo) e Leandro (Palmeiras), ambos de 1993.

“A partir do ano que vem, jogam na Seleção sub-20 apenas jovens nascidos em 1995 e 1996. Se os atletas de 1993 e 1994, bicampeões do Torneio de Toulon e expoentes em seus clubes, não forem levados à Seleção principal, vai haver um gap”, explicou Gallo, há 18 meses no cargo.

Sem idade para defender uma Seleção de base e ainda fora da equipe principal, os jogadores ficam “flutuando”, como classificou o coordenador da CBF. De acordo com Gallo, aproximadamente 70% do elenco que costuma disputar os Jogos Olímpicos, destinado a atletas sub-23, é composto por jovens com esse perfil.

“Antes de disputar as Olimpíadas, esses atletas passam dois anos sem jogar por uma Seleção, eles acabam ficando sem lastro de Seleção. A ideia é levar jogadores da equipe sub-20 automaticamente para a Seleção olímpica/principal. Assim, eles poderiam conviver com os atletas de referência”, raciocinou Gallo.

A ideia do coordenador das categorias de base da CBF é que a Seleção olímpica/principal tenha até 40% de jogadores promovidos da equipe sub-20. Nas contas de Alexandre Gallo, o Brasil terá um total de 25 partidas até os Jogos do Rio de Janeiro-2016 para dar “lastro” aos jovens.

Com a unificação das Seleções sub-20 e principal, as categorias de base seriam apenas as sub-15 e sub-17. Respaldado por José Maria Marin, presidente da CBF, Gallo propõe um trabalho conjunto entre o próximo treinador da equipe de cima com o técnico responsável pelo grupo sub-20.

De acordo com Gallo, os jogadores que ficam “flutuando” são os mais propensos a aceitar eventuais naturalizações – o ex-volante citou os casos de Thiago Motta (Itália) e Thiago Alcântara (Espanha). Segundo ele, hoje há 32 brasileiros nascidos em 1995 que defendem grandes clubes europeus.

O coordenador da CBF elogiou o costume de seleções como Chile e Argentina, que usam as equipes sub-20 como sparrings do time principal durante os treinamentos para a Copa do Mundo. Como ponto culminante de seu projeto, Gallo imagina alcançar situação semelhante a da Alemanha.

“Na Copa do Mundo de 2014, a Alemanha tinha 11 atletas que haviam disputado a edição de 2010. O Brasil tinha cinco. Atualmente, eles já têm 20 jogadores prontos e com idade para participar do Mundial de 2018. Nas últimas duas Copas, os atletas mais jovens eram da Alemanha. Isso tudo é resultado de um trabalho a médio prazo”, defendeu.

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