Palavras do técnico Éder Taques, vice-campeão mato-grossense com o Operário, ao falar sobre a participação do Chicote na Copa do Brasil de 2011. O treinador vê a competição como o caminho mais rápido para ganhar projeção nacional, diz ter um projeto para isso, cobra um envolvimento geral e defende um início de trabalho imediato.
"Com um trabalho de sete ou oito meses temos condições de formar um time competitivo e podemos sonhar em chegar a uma quartas ou até oitavas de final", afirma Taques, reconhecendo que "muita gente pode pensar que é loucura, que é sonhar demais. Mas não é, temos muitos exemplos de times de menor expressão que surpreenderam. Se nos prepararmos para isso, com estrutura e tempo, podemos chegar lá".
Outro aspecto importante neste projeto, lembra o técnico, é o fato do Operário mandar seus jogos no Dutrinha. "Como a capacidade do Dutra é reduzida, dificilmente a CBF vai mandar um grande time nas primeiras fases para jogar aqui. Enfrentaremos equipes de menor porte, o que amplia nossas chances de fazer um bom resultado em casa. Além disso, o Dutra pode ser transformado em um caldeirão, pressionando os visitantes. Só depende do envolvimento da torcida", avalia.
Para tentar viabilizar esta idéia e este sonho, Éder Taques quer iniciar imediatamente um movimento em busca de apoio para criar uma estrutura de trabalho. "Sem condições de trabalho não dá nem para sonhar. Temos grandes empresas, importantes empresários e setores que já manifestaram intenção de apoiar, mas é preciso um projeto. E o projeto é esse. Dar visibilidade, projeção ao time, aos profissionais e à cidade", explica.
O assunto não foi por ele tratado ainda com o presidente Wendel Rodrigues, cuja permanência no clube não está confirmada. "O Wendel, assim como eu, está cansado, desgastado e já me disse que não sabe se continua", comentou, acrescentando que "não dá para continuar trabalhando como trabalhamos no Estadual deste ano. Sem condições financeiras e estruturais. Foi muito difícil para todos nós, isso cansa, desanima. Até quando ficaremos nesta situação? Temos e precisamos reagir. Moro em Várzea Grande, gosto daqui, gosto do Operário. O momento é este. Espero contar com respaldo para levar o projeto adiante pois, apesar de ser bastante audacioso, sei que é viável".