Zé Roberto chegou ao Palmeiras imaginando tabelas com Valdivia no meio-campo, mas não será nem o desfalque do chileno que atrapalhará a dupla. Oswaldo de Oliveira tem usado o veterano na lateral esquerda e manterá o jogador na posição em que foi eleito o melhor do último Campeonato Brasileiro pela revistaPlacar.
“Ele não foi eleito o melhor lateral esquerdo do Brasileiro à toa. É uma arma que, pelo menos nesse início, tenho como pensamento usar assim. Mas já conversei com ele sobre outra possibilidade e se colocou à disposição”, disse o treinador, ainda sem descartar o camisa 11 como volante ou meia ao longo desta temporada, como o jogador de 40 anos mais atuou ao longo de sua carreira.
Zé Roberto será lateral esquerdo não só no amistoso deste sábado, contra o chinês Shandong Luneng, no Palestra Itália, mas também na primeira rodada do Campeonato Paulista, no dia 31, diante do Grêmio Osasco Audax, no Pacaembu. Assim como o resto dos titulares.
“A partir do momento em que nos apresentamos, trabalhei com o grupo que recebemos visando o primeiro jogo do Paulista. Quem chegou depois pode não jogar nem a segunda partida. Mas vamos organizar a equipe com as peças que chegaram. Ainda é uma fase muito primitiva e embrionária, tudo ainda passa por muito treinamento e observação. Ainda é muito cedo para falar”, afirmou o técnico.
De qualquer forma, o palmeirense deve se acostumar para começar 2015 com: Fernando Prass; Lucas, Tobio, Vitor Hugo e Zé Roberto; Amaral e Gabriel; Maikon Leite, Mendieta e Allione; Leandro Pereira. Mas ainda vão ficar à disposição os zagueiros Victor Ramos e Jackson, os meias Alan Patrick e Valdivia (trata de lesão na coxa esquerda) e os atacantes Dudu, Rafael Marques e Kelvin. O lateral esquerdo João Paulo e o volante Andrei Girotto, também recém-contratados, trabalharam entre os reservas.
“Procuramos preencher a equipe com jogadores que façam as funções da forma que gostamos. Para amanhã (sábado), vamos usar seis deles e, na sequência, vamos integrar os outros. Quando tivermos todos, vamos ver como vai ser essa química”, explicou Oswaldo, já irritado por só poder inscrever 28 jogadores no Paulista.
“Você inicia a temporada com jogos decisivos, essa temperatura, e ainda tem esse tipo de restrição. Lamento muito. Tinham que abrir mais o leque, dar oportunidade. Gosto muito de trabalhar na transição de jogadores da base e, neste ano, a minha capacidade de usar esse manancial importantíssimo está limitada”, reclamou.
“As coisas no Brasil têm que ser repensadas. Falou-se muito depois da Copa do Mundo da imprecisão dos técnicos brasileiros, mas é necessário evoluir muito em organização, dar condições para o futebol se desenvolver e se equiparar a grandes países do mundo que vieram aqui e nos levaram a Copa”, prosseguiu, aumentando o tom de voz para expor sua indignação.