De volta a Cuiabá, agora para dirigir uma das mais tradicionais equipes do futebol de Mato Grosso, Eder Taques chega para substituir, Elzo Coelho demitido após a goleada sofrida diante do Cuiabá por 6 a 2, no último domingo. Em sua apresentação como novo treinador do Mixto, ontem pela manhã, Éder Taques disse que a tradição e a mística que envolve o clube não tolera uma classificação via repescagem. O Alvinegro hoje ocupa a quarta e penúltima posição da Chave Centro (B), com três pontos em três jogos disputados.
Se a primeira fase do Mato-grossense terminasse hoje, o clube disputaria a repescagem do Campeonato Mato-grossense, ao lado do lanterninha Berga, com apenas um ponto.
“Pela tradição do Mixto não é aceitável falar em participação. Aqui tem que se falar em título e é com esse espírito que estamos assumindo o clube. Vamos lutar para ser campeão, além da classificação vir ainda na primeira fase. Nada de repescagem”, frisou ao jornal A Gazeta.
O novo treinador mixtense evitou tocar no propalado assunto de dispensas. Da comissão técnica, só saíram Elzo Coelho e Francisco Vigoritto, que tentou desempenhar a função de gerente de futebol do Alvinegro. Porém, na apresentação de ontem, membros da antiga comissão, não faziam nenhuma questão de esconder a insatisfação com a demissão de Elzo e até falavam em deixar o clube. No entanto, diante de Taques, mudaram de discurso.
“Não sei ainda quem vou trazer”, disse Taques. “Ele tem o direito de pedir a contratação de pessoas de sua confiança”, completou o diretor Márcio Pardal, que garantiu?: “O Elzo não foi demitido”, disse, tentando não macular a imagem do amigo particular.
Éder Taques quer, primeiro conhecer o elenco, para em seguida fazer uma análise do que se pode aproveitar do grupo de jogadores. “Gosto de exigir o máximo do atleta. Se mostrar força de vontade e gana de vencer, tem tudo para continuar trabalhando comigo”, disse.
Na preleção com o elenco de jogadores, Taques afirmou que é preciso trabalhar e muito para justificar a condição de titular. Disse que não aceita indisciplina e muito menos “trairagem” -adjetivo comum usado pelos profissionais do futebol.
“Estar no Mixto é como estar no Corinthians; é um clube grande e a torcida cobra”, finalizou.