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STJD suspende jogo de volta entre Santos e Grêmio após ataques racistas

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Após afirmar que denunciaria o Grêmio no artigo 243-G e seus respectivos parágrafos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), a Procuradoria do STJD decidiu suspender o jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil por conta dos atos de racismo praticados por um grupo de torcedores gremistas contra o goleiro Aranha, do Santos, time que venceu o jogo de ida por 2 a 0 na Arena do Grêmio.

O julgamento do caso está marcado para quarta-feira, às 14h, oito horas antes do horário definido por tabela para o início partida. Caso o Grêmio não obtenha uma liminar até segunda-feira, a partida será adiada por questão de logística.

Neste julgamento, o Grêmio pode ser excluído da Copa do Brasil e multado em até R$ 200 mil por discriminação racial de seus torcedores, além de atraso e do arremesso de um rolo de papel higiênico no gramado (artigo 213, inciso III do CBJD). O responsável por tal fato foi identificado e punido com um mês sem ir a estádios, o que pode aliviar o clube.

A conduta da equipe de arbitragem que não viu e nem ouviu nada durante a partida também será avaliada, assim como informou o STJD. O árbitro Wilton Pereira Sampaio não havia registrado nenhum acontecimento diferente do normal após o jogo, mas enviou um adendo relatando ter visto imagens na televisão de “vários torcedores fazendo imitação de macaco e uma torcedora nitidamente xingando o atleta”.

“Acolhendo pedido da Procuradoria de Justiça Desportiva, o STJD suspendeu a partida de volta entre Grêmio e Santos, pela Copa do Brasil. O tema está sendo analisado pelo Jurídico do Clube. A CBF ainda não indicou uma nova data para esta partida”, publicou o Grêmio em suas redes sociais, confirmando a decisão de Caio César Rocha, presidente do STJD, de susender a partida.

Aranha, ao ouvir as ofensas racistas, interrompeu a partida aos 42 minutos do segundo tempo para informar o acontecimento ao árbitro, que nada fez. O jogador deu declaração emocionada após o apito final e no dia seguinte registrou boletim de ocorrência em Porto Alegre.

A defesa do Grêmio deve se apoiar na identificação de dez torcedores que estavam no grupo de onde partiram as ofensas. Destes dez torcedores, dois são sócios do clube e serão excluídos do quadro social do clube.

“É preciso que outras autoridades também façam a sua parte. Ministério Público, autoridades policiais e judiciárias precisam agir contra criminosos normalmente travestidos de torcedores. Os clubes devem responder pelos atos racistas e violentos de seus torcedores, quanto a isso não resta dúvida alguma, mas não basta. Estamos em contato com a CBF e sua Comissão de Arbitragem para que os árbitros sejam melhor instruídos e nos auxiliem a combater essa prática nefasta que revela um atraso social e ainda encontra no futebol um terreno fértil a sua proliferação. Um câncer a ser extirpado do esporte para preservar a dignidade humana contra atos de preconceito”, afirmou Paulo Schmidt, procurador geral do STJD, ao site oficial do órgão.

Odílio Rodrigues, presidente do Santos, deu entrevista à Rádio Bandeirantes logo após a resolução do STJD e afirmou que é contrário a qualquer punição esportiva ao Grêmio.

“Tem que punir as pessoas, não a instituição. É desproporcional. O Grêmio não merece ser excluído da Copa do Brasil por causa de um ato de um torcedor ou alguns torcedores. Eu pessoalmente estou revoltado, mas isso não justifica”.

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