Sessenta dos 90 sócios do Clube Esportivo Vila Aurora aprovaram a proposta de venda da sede do clube. Na assembleia convocada pelo atual presidente Marcos Campo Limpo, o “Marcão”, na quinta-feira à noite, decidiu pela negociação de uma área de 77 mil metros quadrados. A área está avaliada em R$ 15 milhões.
O aval dos associados do ‘Tigrão’ da Vila, segundo clube mais tradicional de Rondonópolis, é o primeiro passo para o projeto de fusão com o Rondonópolis Esporte Clube (REC), que deve também vender parte de seu Centro de Treinamento para a construção de um clube social. A ideia é construir um grande parque aquático, quadras para várias modalidades esportivas como tênis, futsal, vôlei, campos soçaites e restaurante.
Em seguida, iniciar a venda de título para os torcedores não só do Vila e REC como também do União Esporte Clube, que se recusou a unir forças para a existência de apenas um clube de futebol profissional em Rondonópolis.
Sócio-proprietário do REC, o empresário Francisco Marino ressalta que o objetivo da fusão de REC e Vila é uma forma de salvar o futebol profissional na principal cidade da região Sul de Mato Grosso. Segundo ele, que já foi diretor do União e até hoje sócio do ‘Tigrão’, a crise nos clubes locais é uma dura realidade em um município em que o futebol chegou a ser o ‘carro-chefe’ da população rondonopolitana.
“Há dez anos, o União levava no mínimo cinco mil torcedores ao estádio Luthero Lopes. O clássico Uni-Grão chegou a levar mais de dez mil torcedores. De uns tempos para cá, o maior público não passa de mil torcedores. A proposta de fusão é para salvarmos o futebol de Rondonópolis”, afirmou Marino, que banca sozinho as despesas do REC.