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Sob protestos, São Paulo perde para Santos e tem crise agravada

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Ainda abalado pela derrota na Recopa Sul-americana contra o Corinthians, o São Paulo perdeu mais um clássico, desta vez para o Santos, e teve sua crise agravada. Em seu primeiro jogo depois da demissão do técnico Ney Franco, o Tricolor foi derrotado por 2 a 0 no estádio do Morumbi e voltou a ser vaiado por seu torcedor, que pediu novamente a contratação do técnico Muricy Ramalho e gritou "vergonha".

Sob o comando interino de Milton Cruz, a equipe da capital criou chances na frente enquanto o placar estava inalterado, mas desperdiçou e foi castigada com o gol do garoto Giva, que havia acabado de entrar no lugar de Willian José, no segundo tempo. Nos minutos finais, o ex-são-paulino Cícero também usou a cabeça para superar Rogério Ceni.

Antes mesmo de a bola rolar, um grupo de 40 são-paulinos protestou contra a diretoria em frente ao Morumbi. Já dentro do estádio, quando o placar estava sacramentado, a principal organizada acentuou as críticas, mas os demais tricolores pareceram atônitos e quase não esboçaram reação, ao mesmo tempo em que os santistas gritavam "olé".

Enquanto o Tricolor se perde em uma crise cada vez maior, o Peixe aproveitou o desespero do adversário para se distanciar da parte de baixo do Campeonato Brasileiro, mesmo sem ter exibido um grande futebol na casa do adversário. O resultado positivo leva o Peixe aos oito pontos, mesmo número do São Paulo, ambos na parte intermediária.

O Tricolor já volta a campo na noite de quarta-feira, contra o Bahia, novamente no Morumbi, em rodada antecipada do Brasileirão por conta de compromissos internacionais do time paulista. Já o Peixe tem Copa do Brasil na quarta, diante do Crac, na Vila Belmiro.

O jogo -O interino Milton Cruz tentou encontrar o futebol de Paulo Henrique Ganso ao colocá-lo mais perto do ataque, com Luis Fabiano centralizado e Osvaldo posicionado pela direita, para explorar sua velocidade contra o jogador mais velho do Peixe, Léo. Mas a estratégia não começou bem para o Tricolor.

Aos três minutos, Neílton avançou em velocidade pela esquerda e rolou na área para Montillo, que chegou batendo forte, mas a bola se perdeu pela linha de fundo. Dois minutos depois, Leandrinho escapou atrás da zaga em lançamento e, ao perceber Rogério Ceni adiantado, tentou imitar o gol do corintiano Renato Augusto, mas o chute por cobertura foi muito forte, para fora.

Depois dos sustos, o Tricolor respondeu. Juan invadiu a área pela esquerda, driblou Aranha e chegou à linha de fundo, cruzando rasteiro para trás em busca de Luis Fabiano, mas o atacante foi atrapalhado pela zaga na finalização. No lance seguinte, aos dez, Jadson bateu escanteio, a zaga santista abriu um buraco na área e Rodrigo Caio cabeceou sozinho, mas Aranha fez excelente defesa.

Aos poucos, o São Paulo melhorou, sem ter de se preocupar tanto com o sistema defensivo, já que Montillo e Willian José estavam muito apagados, sobrecarregando o garoto Neílton. Aos 17, o Tricolor quase abriu o placar. Depois de falta rápida cobrada por Jadson, Luis Fabiano recebeu com liberdade e dominou no peito, mas Gustavo Henrique se recuperou e travou na hora do chute.

Do outro lado, Durval surgiu como surpresa e recebeu para finalizar, mandando para fora. Pouco depois, ainda sem a ajuda dos colegas da frente, Neílton arrancou pela esquerda, driblou Lúcio e Wellington, antes de finalizar rasteiro, mas Rogério Ceni segurou sem perigo.

Já os minutos finais da etapa pertenceram ao São Paulo, que exerceu domínio sobre o adversário. Juan trabalhou a bola pela esquerda e cruzou para Luis Fabiano, que levou a pior mais uma vez em disputa com Gustavo Henrique, justamente quando armou a batida de dentro da área.

Na sequência, Jadson mostrou por que segue como o principal armador da equipe e foi preciso para deixar Luis Fabiano livre na área. O centroavante girou e bateu forte, exigindo grande defesa de Aranha. Instantes depois, o são-paulino não teve saudade de Willian José, que arriscou batida de fora da área e errou completamente o alvo.

Antes do apito para o intervalo, a torcida tricolor ainda gritou o nome de Muricy Ramalho nas arquibancadas, quase no mesmo instante em que Jadson finalizou de fora da área e assustou Aranha. Nos acréscimos, Rogério Ceni cobrou falta da meia-esquerda com ‘cavadinha" para Lúcio estufar as redes, mas o árbitro assinalou impedimento corretamente.

As duas equipes não tiveram alterações no intervalo, mas o São Paulo quase inaugurou a contagem em belo lance. Lúcio deu um chapéu no meio-campo, tabelou com Luis Fabiano e fez a assistência na meia-lua para Jadson, que driblou Galhardo e bateu raspando a trave.

A resposta santista foi em cima do próprio pentacampeão, quando Neílton driblou o zagueiro em um pequeno espaço na área e só foi travado na hora de definir a jogada. Ao perceber a dificuldade de sua equipe na frente, Claudinei Oliveira tirou Willian José para a entrada de Giva.

Em menos de um minuto em campo, o garoto marcou seu gol. Aos 12, Montillo acordou para mostrar uma velocidade impressionante pela esquerda e alcançar a bola, fazendo o cruzamento na medida para Giva, que, em seu primeiro toque, mandou de cabeça para as redes.

Assim que sofreu o gol, Milton Cruz fez duas mudanças, tirando Ganso e Denilson para as entradas de Aloísio e Maicon. Mas a vantagem deu confiança ao Santos, que ameaçou novamente em chute forte pela direita, para defesa de Ceni. No lance seguinte, pelo mesmo setor, Giva foi fominha e também tentou bater, mandando na rede pelo lado de fora, enquanto Neílton pedia no meio da área.

Com insatisfação de seus torcedores, o Tricolor se sentiu na obrigação de ir ao ataque, abrindo espaços para contragolpes do rival. No desespero na frente, o time anfitrião quase empatou com Aloísio, que desviou depois de cruzamento, mas Aranha defendeu. Aos 38, o Alvinegro acabou com qualquer esperança dos donos da casa. Cícero recebeu cruzamento e, sozinho, cabeceou para superar Rogério Ceni.

 

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